quarta-feira, 3 de agosto de 2016

O que aconteceu na Suécia um ano após a jornada de trabalho ter sido reduzida para 6 horas


Tempos difíceis. A  jornada de trabalho está na pauta e da pior forma.  Um "cara de pau" 
chegou a sugerir uma jornada de 80 horas semanais!!! Veja a reportagem antes que façamos nosso comentário.






É isso mesmo! Além da absurda proposta de 80 horas de jornada semanal do presidente da confederação Nacional da Industria (CNI); uma revista que tem entre seus assinantes o governo do Estado de São Paulo (Veja), diz que os professores da rede pública trabalham pouco.

Segundo o autor da matéria desta revista os professores ganham bem e trabalham menos que os demais empregados, 11,5 anos na opinião dele se fizer metrado e doutorado e tirar as licenças que tem direito ( Veja de 27 de Julho de 2016). O governador dá o dinheiro pra revista e o articulista chama os professores de preguiçosos, ou seja, uma mão lava a outra

A proposta destes “senhores” é voltar aos tempos do início da industrialização, no qual trabalhávamos mais de 90 horas semanais sem férias ou descanso semanal remunerado. 

O que eles não contam é que a maioria dos trabalhadores já faz duas horas extras por dia mais os sábados e que os professores, mais de 50% trabalham em dois cargos ou dois empregos, dobrando a jornada e ainda trabalham em casa corrigindo provas preparando aulas, ou seja, pode multiplicar a jornada por 3.

Mas se quiserem aumentar a jornada, que aumentem e depois estudem o que a classe operária já fez para resolver estes problemas. Uma das alternativas foi provocar o desemprego dos presidentes e donos das indústrias.

Na contramão desse discurso, uma experiência sueca reduz a jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, sem redução de salários. Resultados: maior produtividade; trabalhadores menos doentes, menos faltas. Não acredita? Leia o artigo a seguir.

O que aconteceu na Suécia um ano após a jornada de trabalho ter sido reduzida pra 6 horas


O bem estar da população é assunto sério na Suécia – e, pasmem, não só da população mais rica do país. Esforçando-se para se manter na vanguarda no que diz respeito aos direitos trabalhistas, a Suécia começou, em 2015, a testar reduzir a jornada de trabalho, de 8 para 6 horas diárias, sem redução de salário. E os resultados começaram a aparecer.


Passado um ano, as autoridades garantem que o saldo é totalmente positivo: redução de faltas, maior produtividade e melhora até mesmo na saúde dos empregados. “Tivemos 40 anos de uma semana de trabalho de 40 horas. Hoje temos uma sociedade com índices mais altos de faltas por motivos de saúde e de aposentadoria antecipada”, afirma Daniel Bernmar, líder do Partido da Esquerda na Câmara Municipal de Gotemburgo, responsável pelo experimento. Daniel espera em breve instituir oficialmente a nova carga.

Algumas empresas tiveram de contratar novos funcionários, mas a maioria garantiu que o aumento da produtividade compensou o horário menor.

Pensamos que a redução da semana de trabalho nos obrigaria a contratar mais funcionários, mas isso não aconteceu, porque todo mundo está trabalhando de modo mais eficiente”, disse Maria Brath, fundadora de uma startup em Estocolmo, que há três anos dobra sua receita e lucro anualmente – e o mesmo se deu com a jornada reduzida.

Empregados da Toyota em Gotemburgo garantem estar mais felizes, assim como seus patrões, pois o rendimento da empresa subiu em um ano. A jornada reduzida não é novidade no Suécia – somente um por cento da população trabalha mais de 50 horas por semana. Segundo as autoridades, não só a jornada menor como a flexibilização dos horários são o futuro do trabalho– ao menos na Suécia, um raro país onde o futuro parece sempre estar de fato logo ali.

http://www.hypeness.com.br/2016/06/o-que-aconteceu-na-suecia-um-ano-apos-a-jornada-de-trabalho-ter-sido-reduzida-pra-6-horas/ Acesso 31.7.2016. 


Cidade sueca diminui jornada de trabalho e aumenta a produtividade

Experiência com enfermeiros de uma casa de repouso mostrou que trabalhar duas horas a menos levou a um rendimento melhor

06/10/2015 - 12H33 - ATUALIZADA ÀS 12H48 - POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE




cidade de Gotemburgo, na Suécia, realizou uma experiência recente com trabalhadores da área da saúde, na esperança de reduzir problemas relacionados a estresse e depressão entre eles. A carga horária de trabalho dos cuidadores em uma casa de repouso para aposentados foi reduzida de oito para seis horas.

A casa Svartedalens foi escolhida para a experiência por conta do crescente número de casos de enfermeiros procurando atendimento médico devido ao estresse do trabalho. Em uma tentativa de aumentar a produtividade e obter melhores resultados, a cidade decidiu reduzir a jornada de trabalho dos funcionários para 30 horas semanais, o que gerou um custo de US$ 1 milhão (R$ 3,8 milhões) na contratação de 14 novas pessoas para compor a equipe e garantir o atendimento, como mostra o site da Inc. A cidade acompanha com atenção os efeitos da redução da jornada de trabalho e está usando uma outra instituição similar como controle para comparações futuras.
Em entrevista ao The Guardian, uma enfermeira do local é prova de que a iniciativa pode ter, de fato, trazido bons resultados. "Eu costumava estar exausta o tempo todo, eu voltava para casa do trabalho apenas para me jogar no sofá", disse Lise-Lotte Pettersson, de 41 anos. "Mas não agora. Eu estou muito mais alerta: eu tenho mais energia para o trabalho, e também para minha família."
Após a inicitiva em Svartedalens, outros centros hospitalares de Gotemburgo passaram a optar pela redução de jornada. O que não é novidade na cidade.
Há 13 anos, a fábrica da Toyota na região optou por reduzir a carga horária de sua linha de produção. Na empresa, o resultado foi um crescimento de 25% no lucro, segundo Martin Banck, diretor de operação. "Os empregados se sentem melhor, há menor rotatividade e é muito mais fácil contratar novas pessoas", disse.
Alguns dados que podem pesar a favor da redução da jornada de trabalho estão presentes em gráficos de comparação de produtividade entre países desenvolvidos. Na Europa, os britânicos trabalham mais que franceses e alemães, mas produzem, por hora, cerca de 27% menos que os franceses e 28% menos que os alemães, de acordo com boletim elaborado pelo  divulgado em 20 de fevereiro de 2015 no Reino Unido, tendo como base informações de 2013.
Outra comparação leva em consideração dois dos três países mais produtivos do mundo, segundo dados de 2014 da Organização pela Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Luxemburgo, o mais produtivo, tem o índice de 1.643 horas trabalhadas por pessoa no ano, enquanto os Estados Unidos, o terceiro, tem cada trabalhador atuando por 1.789 horas.

http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Vida/noticia/2015/10/jornada-de-trabalho-reduzida-pode-aumentar-produtividade.html Acesso 31.7.2016

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