terça-feira, 23 de abril de 2019

Quinzena primeiro Filtro n. 5. .6: Decifra-me ou devoro-te








Primeiro Filtro: Decifra-me ou Devoro-te

A conjuntura sempre traz o dilema da esfinge de Tebas: Decifra-me ou Devoro-te. Por isto, resolvemos publicar um trabalho feito por um coletivo que decidiu acompanhar o noticiário e fazer uma primeira seleção, de acordo com o interesse dos trabalhadores.
Pelo menos uma vez a cada 15 dias, você encontrará aqui no conselhodaclasse, um rol de notícias, resultado do primeiro filtro de notícias, de alguns dos principais jornais de grande circulação no Brasil, dos quais os membros deste coletivo tem acesso (O globo, Estado de São Paulo, Estado de Minas, Zero Hora, Correio Brasiliense, Folha de São Paulo ...).
Não necessariamente você encontrará notícias de todos estes jornais nessa seleção. Também não se pretende fazer uma análise de conjuntura. Esta seleção tem como objetivo, fornecer material para que você faça sua própria análise de conjuntura. 
O critério para nosso primeiro filtro foi o seguinte: 1. Economia Internacional. 2. Economia nacional. 3. Política e direitos Trabalhistas. 4. Geopolítica. 5. Política e Educação. 6. Movimentos da Classe. As notícias serão publicadas na sequência de nossos tópicos.

Boa leitura

1.     Economia Internacional

15 DE ABRIL DE 2019
Preocupadas com possível recessão, empresas de crédito online dos EUA reduzem riscos
Por Anna Irrera
NOVA YORK (Reuters) - Empresas de crédito online dos Estado Unidos como LendingClub, Kabbage e Avant estão examinando a qualidade dos empréstimos, assegurando financiamento de longo prazo e cortando custos, enquanto os executivos se preparam para o que eles temem ser a primeira recessão econômica do setor.
11/12/2014 REUTERS/Brendan McDermid
Uma recessão pode trazer perdas crescentes de crédito, crises de liquidez e custos mais altos de financiamento, testando modelos de negócios em um setor relativamente emergente.
Os credores ‘peer-to-peer’ (entre pares) e digitais surgiram em grande parte após a Grande Recessão de 2008. Ao contrário dos bancos, que tendem a ter depósitos de baixo custo e mais estáveis, essas empresas de crédito online contam com financiamento do mercado, que pode ser mais difícil em tempos de estresse.
Seus métodos de verificação também incluem muitas vezes a análise de dados não tradicionais, como o nível de educação dos mutuários. Embora as plataformas vejam isso como uma força, elas ainda precisam ser testadas em tempos de crise.
“Isso é muito importante para nós”, disse Scott Sanborn, presidente-executivo do LendingClub, em entrevista, referindo-se à possibilidade de uma recessão. “Não é uma questão de ‘se’, é ‘quando’ e não está a cinco anos de distância.”
Sanborn e executivos de cerca de meia dúzia de outras dessas empresas online, que conversaram com a Reuters, disseram que o agravamento dos indicadores econômicos e as previsões os tornaram mais cautelosos.
Suas preocupações são o mais recente sinal de que a crise dos EUA está próxima. Economistas consultados pela Reuters em março viram uma chance de 25 por cento de recessão nos EUA nos próximos 12 meses. Mais recentemente, alguns executivos disseram que uma decisão do Federal Reserve de suspender o aumento das taxas de juros reforçou esses temores.
“Estávamos vendo economistas levantando alguns sinais de alerta, e estávamos seguindo os sinais do Fed e eles estavam se tornando mais brandos”, disse Bhanu Arora, o chefe de empréstimos ao consumidor do banco de Chicago, Avant. “Queríamos estar preparados e prontos.”
Para posicionar-se melhor para a recessão, a Avant apresentou um plano no final do ano passado que inclui o aperto das exigências de crédito para os segmentos identificados como de maior risco, disse Arora.
Para ter certeza, os executivos disseram que ainda não estão vendo sinais gritantes de problemas em suas carteiras de empréstimos.
Uma desaceleração também está longe de ser certa. Na sexta-feira, o JPMorgan Chase, o maior banco do país em ativos, diminuiu os temores de uma recessão depois que registrou lucros trimestrais melhores do que o esperado, impulsionados pelo que descreveu como sólido crescimento econômico dos EUA.
Se uma desaceleração ocorrer, no entanto, ela separaria as empresas de crédito online mais fortes das mais fracas.
“Todas essas plataformas diferentes dizem que podem verificar seus possíveis clientes de maneira única”, disse Robert Wildhack, analista da Autonomous Research. “Esta será a primeira chance que temos para ver quem está certo e quem poderia estar pegando atalhos.”

15 DE ABRIL DE 2019 
EXCLUSIVO-EUA amenizam exigência de que China reduza subsídios em busca por acordo comercial, dizem fontes
Por Alexandra Alper e Chris Prentice e Michael Martina


WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - Os negociadores norte-americanos amenizaram as exigências de que a China reduza os subisídios industriais como condição para um acordo comercial após forte resistência de Pequim, segundo duas fontes informadas sobre as conversas, marcando um recuo em um objetivo central dos EUA nas negociações comerciais.
As duas maiores economias do mundo estão há nove meses em uma guerra comercial que já custou bilhões de dólares para ambos os lados, afetando os mercados financeiros e as cadeias de fornecimento.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas sobre 250 bilhões de dólares em produtos chineses para pressionar pelo fim de políticas —incluindo subsídios à indústria— que Washington afirma prejudicarem as empresas norte-americanas que competem com as chinesas. A China respondeu com suas próprias tarifas sobre produtos dos EUA.
A questão dos subsídios industriais é complicada porque eles estão interligados à política industrial do governo chinês. Pequim dá subsídios e isenções fiscais a empresas estatais e setores considerados estratégicos para o desenvolvimento de longo prazo.
Na busca por garantir um acordo no próximo mês, os negociadores dos EUA mostraram-se conformados em conseguir menos do que gostariam em relação à redução desses subsídios, e estão focados em outras áreas em que eles consideram que as exigências são mais factíveis, disseram as fontes.
Entre elas estão as transferências forçadas de tecnologia, a melhora da proteção de propriedade intelectual e a ampliação do acesso aos mercados da China, disseram as fontes. A China já cedeu nessas questões.
“Não é que não haverá alguma linguagem sobre isso, mas não será muito detalhado ou específico”, disse uma fonte familiarizada com as negociações em referência aos subsídios.
Um representante da Casa Branca repassou a Reuters para o Gabinete do Representante de Comércio dos EUA, que não respondeu ao pedido de comentários.
“Se os negociadores dos EUA definem sucesso como a mudança na maneira que a economia da China opera, isso nunca vai acontecer”, disse a outra fonte.
“Um acordo que faça Xi parecer fraco não é um acordo vantajoso para Xi. Qualquer que seja o acordo que consigamos, será melhor do que o que temos, e não será suficiente para algumas pessoas. Mas política é assim”, disse a fonte.
A China prometeu neste ano acabar com subsídios para sua indústria doméstica que distorçam o mercado, mas não ofereceu detalhes sobre como atingirá esse objetivo, disseram três pessoas a par das negociações à Reuters em fevereiro.



PIB da China do 1º tri deve ter tido menor crescimento em 27 anos
Por Kevin Yao

PEQUIM (Reuters) - A China deve divulgar na quarta-feira que o crescimento econômico desacelerou ao ritmo mais fraco em pelo menos 27 anos no primeiro trimestre, com formuladores de política buscando evitar uma desaceleração maior que possa provocar perda de empregos.
Mas os investidores e parceiros comerciais da China provavelmente vão se concentrar em leituras para março, esperando por sinais de que meses de estímulo estejam começando a estabilizar a atividade na segunda maior economia do mundo, num momento em que a demanda global parece instável.
    “É provável que os dados mostrem a mais clara evidência de recuperação econômica”, embora as questões permaneçam sobre a força de qualquer recuperação e quanto tempo vai durar, disseram analistas da Nomura em uma nota divulgada na terça-feira, refletindo altas expectativas no mercado.
    Pequim reforçou o estímulo fiscal neste ano para apoiar o crescimento, anunciando bilhões de dólares em cortes de impostos e gastos em infraestrutura, enquanto os bancos chineses emprestaram um recorde de 5,8 trilhões de iuanes (864,8 bilhões de dólares) no primeiro trimestre.
    Analistas consultados pela Reuters esperam que a China informe que o PIB cresceu 6,3 por cento no trimestre ante mesmo período de 2018, o que seria o ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 1992, os primeiros dados trimestrais registrados.
    Mas os dados de março, que serão divulgados ao mesmo tempo, devem mostrar um crescimento mais forte da produção industrial, investimentos e vendas no varejo, segundo analistas ouvidos pela Reuters, sugerindo que a economia pode estar se recuperando.
    Economistas consultados pela Reuters prevêem recuo adicional para 6,2 por cento em 2019 - o mais lento em quase 30 anos, mas mais ou menos no meio da meta de 6 a 6,5 por cento de Pequim.


UE e China divulgam 10 ações para fortalecer relações entre as partes
ESTADÃO
Publicado em 12/03/19 às 12:29
A Comissão Europeia divulgou documento no qual são detalhadas dez "ações concretas" entre a União Europeia e a China para fortalecer a relação entre as partes. As medidas devem ser alvo de debate e endosso dos governos do bloco na reunião do Conselho Europeu em 21 de março, segundo a nota oficial. Entre as medidas está a busca por uma "relação econômica mais balanceada e recíproca", que inclui a reforma da Organização Mundial de Comércio (OMC), "em particular em subsídios e transferências forçadas de tecnologia, e a conclusão de acordos bilaterais sobre investimento até 2020".
Entre as ações estão ainda o fortalecimento da cooperação bilateral para compartilhar responsabilidades comuns, inclusive no âmbito da Organização das Nações Unidas; o combate a mudanças climáticas, em linha com os objetivos do Acordo de Paris, inclusive com um pedido da UE para que a China atinja seu pico de emissões antes de 2030; um maior envolvimento conjunto em questões de paz e segurança; o trabalho para preservar a estabilidade, o desenvolvimento econômico sustentável e a boa governança em países parceiros; a reciprocidade de oportunidades; e uma abordagem comum na UE para a segurança em redes 5G, entre outras.
A próxima cúpula UE-China está prevista para o início de abril, diz ainda o comunicado.


O 'momento delicado' da economia global, na visão do FMI
Fundo Monetário revê para baixo previsão de crescimento das grandes economias mundiais e também do Brasil, em um cenário ainda considerado 'precário'.
Por BBC
09/04/2019 17h13  
A economia global está no que a economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI)chama de "momento delicado". Gita Gopinath diz que, embora não anteveja uma recessão global, "há muitos riscos" no horizonte.
O FMI acaba de lançar a mais recente edição do relatório World Economic Outlook, que estima que a economia mundial vai crescer 3,3% neste ano e 3,6% em 2020. Trata-se de um crescimento mais lento do que o do ano passado - e, no que diz respeito a 2019, uma redução de 0,2 pontos percentuais em relação à previsão inicial do próprio FMI.
O organismo reviu para baixo sua previsão de crescimento em 2019 para todas as economias desenvolvidas do mundo - particularmente EUA, zona do euro, Japão, Reino Unido e Canadá.
Os motivos, diz o relatório, são "uma confluência de fatores afetando as principais economias", entre eles a desaceleração da China (que, ao reduzir suas importações, freia o crescimento do resto do mundo), o aumento das tensões comerciais com os EUA e desastres naturais que afetaram o desempenho do Japão.
Também puxam as expectativas para baixo as perspectivas de crescimento menor na América Latina, no Oriente Médio e no norte da África.
Para o Brasil, a previsão do FMI é de crescimento de 2,1% neste ano (uma redução de 0,4 pontos percentuais em relação à estimativa feita em janeiro) e de 2,5% no ano que vem (aumento de 0,3 pontos percentuais).
Recuperação 'precária'
As previsões globais refletem uma desaceleração que vem desde o final de 2018, estimulada por fatores como a disputa comercial entre Washington e Pequim, algo que o FMI prevê durar até o final deste semestre.
Depois disso, o crescimento global deve ganhar mais força, prosseguindo até o ano que vem. Mas Gopinath descreve essa retomada como "precária".
A economista afirma que muito dependerá do desempenho de economias em desenvolvimento sob estresse, como a Turquia e a Argentina - esta última enfrenta uma combinação de inflação, alta do dólar e recessão econômica, e recorreu a um empréstimo bilionário do próprio FMI.
Gopinath também prevê uma recuperação parcial da zona do euro. Já a economia dos EUA deve continuar a perder força, crescendo menos de 2% no ano que vem, à medida que diminuir o impacto dos cortes de impostos promovidos pelo presidente Donald Trump.
Não há nenhum sinal de simpatia, por parte do relatório do FMI, com a visão de Trump de que o principal fator impedindo o crescimento dos EUA é o aumento das taxas de juros por parte do Fed (o banco central americano) nos últimos dois anos.
Sinais de problemas?
Para a economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, os riscos globais atuais incluem a possibilidade de mais tensões no comércio internacional. Gopinath cita como exemplo o setor automotivo, área na qual Trump avalia impor novas tarifas sobre produtos importados.
Outro sinal de alerta vem do Brexit, o processo de saída do Reino Unido da União Europeia. O FMI reduziu para baixo as expectativas de crescimento da economia britânica sob a perspectiva de que o Parlamento britânico consiga chegar a um acordo para uma saída ordenada da UE, o que ainda está longe de ser garantido.
Um Brexit abrupto e sem acordo poderá ter um impacto ainda mais duro no crescimento da economia do Reino Unido. Além disso, o relatório do FMI vê riscos possíveis de deterioração nos mercados financeiros globais, que aumentem os custos para empréstimos globais, inclusive para governos que precisem financiar suas obras.

UE planeja retaliação em disputa de aeronaves com EUA
Por Philip Blenkinsop e Tim Hepher
BRUXELAS/PARIS (Reuters) - A União Europeia começou os preparativos para retaliar os subsídios para a Boeing, disse uma autoridade da UE nesta terça-feira, um dia após Washington listar produtos do bloco que planeja atingir com tarifas em suas disputas de aeronaves.
O Representante de Comércio dos Estados Unidos propôs, na segunda-feira, uma gama de produtos da UE, desde aeronaves comerciais até lacticínios e vinhos, para atacar, em retaliação aos subsídios dados à Airbus.
Uma fonte da Comissão Europeia disse nesta terça-feira que o nível das contramedidas propostas pelos EUA foi “muito exagerado”, acrescentando que a quantidade de retaliação só poderia ser determinada por um árbitro da Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Na disputa paralela da Boeing, a determinação dos direitos de retaliação da UE também está se aproximando e a UE pedirá ao árbitro indicado pela OMC que determine os direitos de retaliação do bloco”, disse a fonte, acrescentando que a Comissão está se preparando para agir após a decisão do árbitro.
A Airbus disse que não viu nenhuma base legal para a ação dos EUA e alertou para o aprofundamento das tensões comerciais transatlânticas.
O Ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, disse em uma conferência em Paris que os dois lados precisam chegar a um acordo amigável.
“Quando vejo a situação em que o crescimento global está, não acho que podemos nos permitir ter um conflito comercial, mesmo que apenas em questões específicas da indústria aeronáutica nos Estados Unidos e na Europa”, disse.
Os dois lados estão se aproximando do clímax de uma disputa recorde de subsídios que vem se arrastando pela OMC há quase 15 anos.
Ambos os lados obtiveram vitórias parciais ao afirmar que a Airbus e a Boeing receberam subsídios ilegais, mas discordam sobre o valor envolvido e se cada um cumpriu as decisões anteriores da OMC.







2. Economia Nacional
Petrobras sobe diesel em R$ 0,10, e valor fica abaixo do anunciado antes

Imagem: Marcelo Fonseca/Estadão Conteúdo
Do UOL, em São Paulo
17/04/2019 19h17Atualizada em 17/04/2019 20h31
Menos de uma semana após ter cancelado um reajuste a pedido do presidente Bolsonaro, a Petrobras anunciou um aumento de R$ 0,1038 no preço do óleo diesel nas refinarias. Segundo o site da empresa, o combustível passa a custar em média R$ 2,247 a partir desta quinta-feira, uma alta de 4,84% em relação ao preço anterior (R$ 2,1432). O aumento ficou abaixo dos 5,7% anunciados na última semana, antes do recuo provocado pelo pedido de Bolsonaro.
Na ocasião, a estatal voltou atrás e adiou o reajuste após ligação de Jair Bolsonaro para o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Se a alta de 5,7% tivesse sido mantida, o valor do diesel teria ido para R$ 2,262 por litro.

O novo reajuste foi anunciado um dia após o presidente da estatal se reunir com o Bolsonaro e ministros de governo em Brasília.
O preço anunciado é o cobrado nas refinarias. Isso não significa necessariamente que as mudanças chegarão ao consumidor final na bomba. Os postos são livres para aplicar ou não o reajuste, e na porcentagem que desejarem.
Segundo a Petrobras, o preço estabelecido por ela representa, em média, 54% do valor final do diesel cobrado nos postos.

Aumento pode variar nas bases da Petrobras
A alta de preços nas refinarias pode variar um pouco conforme a base da Petrobras no país. Segundo a empresa, a variação mínima é de 4,518% e a máxima de 5,147% nos seus 35 pontos de venda no Brasil.
Ações e valor desabaram na semana passada
Na semana passada, a Petrobras voltou atrás em um reajuste do diesel nas refinarias após pressão do presidente Jair Bolsonaro, que defendeu "um preço justo" para o combustível e disse que quer ser convencido pela estatal sobre a necessidade do aumento.
O movimento da Petrobras levantou preocupações no mercado sobre possíveis intervenções do governo em suas políticas de preços, que poderiam prejudicar a recuperação financeira da petroleira, ao mesmo tempo em que mostra preocupação do governo federal com eventual nova greve dos caminhoneiros.
Por causa do cancelamento do aumento, as ações da Petrobras caíram mais de 8% na sexta-feira. Com isso, a estatal perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado num só dia.
Presidente da Petrobras defende preços do diesel
Em entrevista coletiva, o presidente da Petrobras defendeu a política de preços para os combustíveis da estatal. "Nós continuamos a observar rigorosamente preços alinhados com o preço internacional. Nossa política é essa e vai continuar a ser", afirmou Castello Branco.
O executivo também comentou a ligação que recebeu de Bolsonaro e disse que, pela primeira vez, foi reafirmada a independência da empresa para praticar preços. "Não há razões para desacreditar o presidente Bolsonaro. Nunca houve interferência mínima que seja."
Castello Branco declarou, ainda, que a periodicidade mínima de 15 dias para o ajuste do diesel está mantida, mas nada impede uma eventual mudança. "O objetivo é ser o mais transparente possível", disse.
Risco de greve é baixo, diz presidente da Petrobras
A decisão de aumentar o preço do diesel acontece após o governo apresentar um pacote de medidas para o setor de transportes. Entre as ações estão a destinação de R$ 2 bilhões para a expansão e duplicação de rodovias e uma linha de crédito de até R$ 30 mil caminhoneiros financiarem a manutenção de seus caminhões.
Questionado se o aumento no diesel poderia deflagrar uma nova greve de caminhoneiros, a exemplo da ocorrida em 2018, o presidente da Petrobras afirmou que o pacote do governo contempla as principais reivindicações da categoria. "O risco de greve de caminhoneiros agora é baixo, depois de uma ação do governo na direção certa", declarou.
Muitos caminhoneiros, no entanto, demonstraram insatisfação com as medidas do governo e não afastam a possibilidade de greve em maio.
(Com Reuters)


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sexta-feira, 5 de abril de 2019

Quinzena Primeiro Filtro n. 4. v. 5 - De 11- 27 de março. Decifra-me ou devoro-te




Notícias sobre o  Acirramento da Guerra comercial, Ataque a Venezuela,e Geopolítica internacional

Publicamos hoje nossa Quinzena número 4. v. 5 e como escrevemos nos números anteriores, a conjuntura sempre traz o dilema da esfinge de Tebas: Decifra-me ou Devoro-te. Por isto, continuamos publicando quinzenalmente aqui no conselhodaclasse, este trabalho feito por um coletivo que decidiu acompanhar o noticiário e fazer uma primeira seleção, de acordo com os interesses dos trabalhadores.
Aqui você sempre encontra um rol de notícias, resultado do primeiro filtro de alguns dos principais jornais de grande circulação no Brasil, dos quais os membros deste coletivo têm acesso (O globo, Estado de São Paulo, Estado de Minas, Zero Hora, Correio Brasiliense, Folha de São Paulo ...).
Não necessariamente você encontrará notícias de todos estes jornais nessa seleção. Também não se pretende fazer uma análise de conjuntura. Esta seleção tem como objetivo, fornecer material para que você faça sua própria análise de conjuntura. 
Nosso critério de seleção é o seguinte: 1. Economia Internacional. 2. Economia nacional. 3. Política e direitos Trabalhistas. 4. Geopolítica. 5. Política e Educação. 6. Movimentos da Classe. As notícias serão publicadas na sequência de nossos tópicos.



11.    Economia Internacional

14 DE MARÇO DE 2019 / ÀS 13:32 / HÁ 3 DIAS
Mercado de trabalho dos EUA reduz ímpeto; inflação de importados permanece benigna
Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego na semana passada cresceu mais que o esperado, sugerindo que o mercado de trabalho está desacelerando, mas provavelmente não ao ponto temido após uma quase estagnação no crescimento de empregos em fevereiro.
Apesar de dados divulgados nesta quinta-feira mostrarem que os preços dos importados tiveram em fevereiro a maior alta em nove meses, a tendência da inflação de importados permaneceu fraca. Os preços de importação caíram na comparação anual pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro.
Notícias sobre o mercado imobiliário continuam negativas, ]com vendas de novas moradias caindo em janeiro mais que o esperado. O fluxo de dados continua amplamente sustentando a postura de “paciência” do Federal Reserve com relação a novas altas de juros neste ano.
Autoridades do Fed vão se reunir na próxima terça e quarta-feira para decidir sobre política monetária.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentaram em 6 mil, para 229 mil em dados ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 9 de março, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Os dados da semana anterior não foram revisados. [nZON17J706]
Economistas consultados pela Reuters projetavam pedidos crescendo a 225 mil na semana passada. Os pedidos têm pairado no meio da faixa de 200 mil a 253 mil neste ano.
Também nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio disse que vendas de novas moradias recuaram 6,9 por cento em janeiro, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 607 mil unidades. O ritmo de vendas de dezembro foi revisado para 652 mil unidades, acima das 621 mil unidades anteriormente reportadas. [nL1N2110OY]
Economistas tinham projetado que as vendas de novas moradias, que correspondem a cerca de 11 por cento de vendas de moradias do mercado, cairiam 0,6 por cento, a um ritmo de 620 mil unidades em janeiro.
Em um terceiro relatório divulgado nesta quinta-feira, o Departamento de Trabalho disse que os preços de importados subiram 0,6 por cento no mês passado, impulsionados por aumentos nos custos de combustíveis e bens de consumo. Foi o maior ganho desde maio e ocorreu após uma revisão, de alta, da taxa de janeiro, atualizada para elevação de 0,1 por cento.
Economistas consultados pela Reuters previam que os preços de importados subiriam 0,3 por cento em fevereiro, após uma queda reportada anteriormente de 0,5 por cento em janeiro.
Por Lucia Mutikani



14 DE MARÇO DE 2019 / ÀS 07:37 / HÁ 3 DIAS
China e EUA vão adiar encontro entre Xi e Trump para ao menos abril, diz Bloomberg

PEQUIM (Reuters) - Um encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, para resolver a guerra comercial não acontecerá neste mês e é mais provável que ocorra em abril, noticiou a Bloomberg nesta quinta-feira citando fontes não identificadas.
As negociações dos dois países têm trabalhado no sentido de chegar a um acordo para resolver a disputa comercial. O Wall Street Journal informou neste mês que Xi e Trump poderiam alcançar um acordo formal de comércio em uma reunião em 27 de março, mas Trump disse na quarta-feira que não tem pressa para finalizar o acordo.
12 DE MARÇO DE 2019 / ÀS 16:53 / HÁ 5 DIAS
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1QT2S1-OBRBS
Parlamento volta a rejeitar acordo de May para Brexit e deixa Reino Unido à beira do caos
LONDRES (Reuters) - Parlamentares britânicos rejeitaram o acordo do Brexit da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, nesta terça-feira, aprofundando a crise enfrentada pelo país e forçando o Parlamento e decidir dentro de dias se deseja apoiar uma saída sem acordo ou buscar um adiamento de última hora da separação da União Europeia.
Os parlamentares votaram contra um acordo modificado de May por 391 a 242 votos, à medida que as conversas de última hora da premiê com líderes da UE na segunda-feira para acalmar as preocupações de seus críticos se mostraram infrutíferas.
A votação coloca a quinta maior economia do mundo em território desconhecido sem um caminho óbvio à frente: deixar a UE sem um acordo, adiar o prazo de 29 de março para o divórcio, uma eleição antecipada ou até mesmo um novo referendo são possibilidades.
May pode até tentar pela terceira vez obter apoio parlamentar na esperança de que eurocéticos linha-dura em seu Partido Conservador, os críticos mais duros do acordo que ela negociou, mudem de ideia se ficar mais claro que o Reino Unido pode acabar permanecendo na UE.
Apesar da derrota, a margem desta terça-feira foi menor do que o recorde de 230 votos de janeiro.
Agora, parlamentares votarão na quarta-feira para decidir se o Reino Unido deve deixar o maior bloco comercial do mundo sem um acordo, um cenário que, segundo líderes empresariais, causaria caos em mercados e cadeias de fornecimento, e que, de acordo com outros críticos, resultaria em escassez de alimentos e remédios.
May disse que o governo não irá orientar seu próprio partido sobre como votar, como normalmente seria o caso.
Um porta-voz do oposicionista Partido Trabalhista disse que isso quer dizer que May “desistiu de qualquer pretensão de liderar o país”. O porta-voz político de May disse que ela não discutiu a possibilidade de renunciar ao cargo.
A primeira-ministra, rouca após as longas conversas de segunda-feira, disse a parlamentares: “Deixem-me ser clara. Votar contra deixar sem um acordo e por uma prorrogação não resolve os problemas que enfrentamos”.
A oposição ao acordo de May dentro do Partido Conservador se deve à crença de que os termos não fornecem a ruptura clara da União Europeia pela qual muitos votaram.
Defensores do Brexit argumentam que, embora uma separação sem acordo possa trazer alguma instabilidade a curto prazo, a longo prazo o processo poderia permitir que o Reino Unido prosperasse e firmasse benéficos acordos comerciais por todo o mundo.
Entretanto, o Parlamento também deve rejeitar firmemente um Brexit sem acordo, o que faria com que parlamentares votassem novamente na quinta-feira —desta vez para decidir se o governo deve solicitar um adiamento da data de saída para possibilitar a realização de mais negociações.
Reportagem adicional de William James


https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN1QU2EQ-OBRBS

13 DE MARÇO DE 2019 / ÀS 14:26 / HÁ 4 DIAS
Ford anuncia demissões nos EUA, sem revelar números
 (Reuters) - A Ford confirmou nesta quarta-feira que está cortando um número não especificado de empregos assalariados nos Estados Unidos como parte de uma reorganização global anunciada no ano passado e que incluiu um fechamento de fábrica no Brasil.
Said Deep, porta-voz da companhia, se recusou a dizer quantos empregos estão sendo cortados, mas disse que a empresa espera que o processo seja concluído até o fim de junho. Ele disse que a reestruturação “resultou em algumas separações de empregados assalariados e na realocação de outros”.
A Ford informou no ano passado a reorganização de sua força de trabalho global, o que resultará em redução de pessoal, e isso vai variar de acordo com a equipe e o local.
No mês passado, a Ford disse que fechará sua fábrica mais antiga no Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), deixando de produzi caminhões e veículos comerciais na América do Sul, uma medida que envolve mais de 2.700 empregos.
A Ford disse que a reorganização global envolverá milhares de empregos e possíveis fechamentos de fábricas na Europa e resultará em 11 bilhões de dólares em encargos.
Em janeiro, o presidente-executivo da Ford, Jim Hackett, disse aos funcionários que 2018 tinha sido “medíocre” e acrescentou que era “hora de enterrar o ano (2018) em um túmulo profundo, chorar o que poderia ter sido e se tornar super focado em atingir e exceder o plano deste ano”.
As montadoras estão reduzindo custos em meio a temores de uma desaceleração nas vendas de automóveis.
A General Motors está suspendendo a produção em cinco fábricas na América do Norte e cortou cerca de 8 mil empregos, ou 15 por cento de sua força de trabalho administrativo.
Por David Shepardson


https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1QS2OM-OBRBS
11 DE MARÇO DE 2019 / ÀS 18:46 / HÁ 6 DIAS

Orçamento proposto por Trump eleva gasto militar e com muro, mas mira serviços sociais

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira, ao apresentar o seu Orçamento de 2020, a revisão de programas sociais que ajudam norte-americanos pobres e idosos, ao mesmo tempo que quer aumentar gastos militares e financiamento para o muro na fronteira com o México, na abertura de sua próxima briga por financiamento com o Congresso norte-americano.
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 08/03/2019 REUTERS/Jonathan Ernst
O orçamento de 4,7 trilhões de dólares do presidente republicano foi imediatamente criticado por democratas no Congresso, que rejeitaram seu esforço no ano passado por financiamento para o muro em um impasse que resultou em uma paralisação parcial de cinco semanas do governo dos EUA.
Assim como propostas passadas de orçamento presidencial, é improvável que o plano de gastos de Trump vire lei, especialmente com democratas no controle da Câmara dos Deputados, mas ele serve como um manifesto antecipado das prioridades políticas que ele trará para sua campanha de reeleição em 2020.
“O presidente Trump de alguma forma conseguiu produzir um pedido de orçamento ainda mais descolado da realidade do que os dois anteriores”, disse a deputada democrata Nita Lowey, presidente do Comitê de Apropriações da Câmara.
O senador democrata Patrick Leahy, presidente do Comitê de Apropriações do Senado, disse em nota que o plano de Trump “não vale o papel no qual foi impresso”.
Neste ano, há mais em jogo por um acordo do que no ano passado. Um prazo de 1º de outubro para manter o governo em funcionamento coincide com um prazo para elevar o limite da dívida. Sem um aumento no limite, o governo dos EUA ficaria sob risco de um déficit, o que provocaria um choque na economia mundial.
O orçamento de Trump inclui propostas politicamente voláteis de reformar o Medicare, Medicaid e outros programas sociais custosos que compõem a rede de segurança social norte-americana que ajuda os pobres e desprivilegiados.
O plano pede por 8,6 bilhões de dólares para construir um muro na fronteira com o México. Esse número é seis vezes mais do que o Congresso concedeu a Trump para projetos na fronteira em cada um dos dois últimos anos fiscais, e 6 por cento a mais do que ele arrecadou ao invocar poderes emergenciais neste ano após fracassar em conseguir o valor que queria.

DEFESA

Trump também pede que os gastos com defesa cresçam mais de 4 por cento, a 750 bilhões de dólares, usando a conta emergencial Overseas Contingency Operations (COO) - ridicularizada por conservadores como um fundo secreto - para contornar tetos de gastos determinados em uma lei de restrição fiscal de 2011.
Gastos não relacionados à defesa foram mantidos abaixo desses limites, graças a acentuadas propostas de cortes de financiamento no Departamento de Estado (23 por cento) e Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) (31 por cento), entre outros.
Mesmo com os cortes, que a Casa Branca disse que totalizarão uma economia de 2,7 trilhões de dólares em mais de uma década, o gabinete de orçamento disse que o plano de Trump não terá equilíbrio até 2034, superando a perspectiva tradicional de 10 anos.
Cortes tributários têm sido uma prioridade para a Casa Branca e Congresso republicanos nos últimos anos, em vez de redução do déficit. O déficit cresceu para 900 bilhões de dólares em 2019 e a dívida nacional avançou para 22 trilhões de dólares.
19 DE MARÇO DE 2019

https://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKCN1R02U7-OBRWD
EUA e China retomarão negociações comerciais na próxima semana, diz autoridade norte-americana

 (Reuters) - O representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, planejam viajar para a China na próxima semana para outra rodada de negociações comerciais com o vice-premiê chinês, Liu He, disse uma autoridade do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, nesta terça-feira.
A retomada da negociação presencial, a primeira desde que Trump atrasou o prazo de 1º de março para aumentar as tarifas sobre importações chinesas no valor de 200 bilhões de dólares, foi relatada pela primeira vez pelo Wall Street Journal.
Segundo o jornal, que cita autoridades do governo norte-americano, He irá a Washington na semana seguinte.
As negociações entre a China e os EUA estão nas etapas finais, com uma data-alvo para o acordo até o final de abril, de acordo com a reportagem.
Washington e Pequim adotaram tarifas de importação sobre os produtos um do outro que custaram bilhões de dólares às duas maiores economias do mundo, afetaram os mercados e prejudicaram cadeias de oferta e de indústria.
https://extra.globo.com/noticias/economia/fed-desiste-de-altas-de-juros-em-2019-planeja-frear-reducao-de-seu-balanco-23537824.html

Fed desiste de altas de juros em 2019 e planeja frear redução de seu balanço


WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) adotou uma postura menos agressiva nesta quarta-feira, sinalizando que não aumentará as taxas de juros neste ano, em meio a uma economia em desaceleração, e anunciando um plano para encerrar seu programa de redução de balanço até setembro.
O Fed reiterou sua promessa de ser “paciente” com a política monetária e disse que começará a desacelerar a redução de sua carteira de títulos do Tesouro em maio. A liquidação mensal cairá para 15 bilhões de dólares, ante 30 bilhões de dólares.
No todo, as informações significam que, depois de apertar a política monetária em duas frentes de uma vez no ano passado, o Fed agora está fazendo uma pausa para se ajustar ao crescimento global mais fraco e a uma perspectiva um pouco mais fraca para a economia americana.
“Pode levar algum tempo até que as perspectivas de emprego e inflação exijam claramente uma mudança na política (monetária)”, disse o presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva após o final de uma reunião de política de dois dias.
“(Ser) ‘Paciente’ significa que não vemos necessidade de apressar o julgamento.”
A atualização das previsões econômicas, divulgada no final da reunião, também mostrou que os formuladores de política monetária abandonaram estimativas de qualquer aumento de taxa de juros em 2019, passando a ver apenas uma em 2020.
Os contratos futuros de Fed Funds passaram a indicar probabilidade máxima até aqui de queda de juros em 2020.
Mas, para Powell, a economia dos EUA está em um “bom” estado e que a perspectiva é “positiva”.
Ainda assim, ponderou Powell, há riscos contínuos, incluindo aqueles relacionados à saída do Reino Unido da União Europeia (UE), a negociações comerciais dos EUA com a China e até mesmo às perspectivas para a economia norte-americana. O Fed está observando esses riscos de perto, segundo Powell.
“Os dados não estão enviando um sinal de que precisamos nos mover em uma direção ou outra, na minha opinião”, disse Powell. “É um ótimo momento para sermos pacientes.”
O dólar passou a mostrar firme queda no mundo após a sinalização do Fed.
“O Fed superou as expectativas ‘dovish’ dos mercados, o que prejudicou o dólar”, disse Joe Manimbo, analista sênior de mercado da Western Union Business Solutions. “O Fed fez uma grande reviravolta na política. O fato de o Fed ter jogado a toalha em uma subida de taxa de 2019 foi particularmente dovish.”
As novas projeções econômicas divulgadas mostraram enfraquecimento em todas as frentes em comparação com as previsões de dezembro, com o desemprego sendo um pouco maior neste ano, a inflação caindo e o crescimento econômico também menor.
“O crescimento da atividade econômica desacelerou em relação à sua sólida taxa no quarto trimestre”, disse o Fed em comunicado no qual manteve a taxa básica de juros no intervalo entre 2,25 por cento ao ano e 2,50 por cento.
“Os indicadores recentes apontam um crescimento mais lento dos gastos das famílias e do investimento fixo das empresas no primeiro trimestre... a inflação global caiu.”
No entanto, o Fomc (“Copom” dos EUA) disse que considera o crescimento “sustentado” como o resultado mais provável.
O Fed informou que encerrará o processo de redução de seu balanço em setembro, antes do que muitos analistas esperavam, desde que a economia e as condições do mercado monetário evoluam como esperado.

PROJEÇÕES EM BAIXA

Os formuladores de política monetária do Fed projetam o crescimento do Produto Interno Bruto desacelere para 2,1 por cento neste ano, ante previsão anterior de 2,3 por cento. A taxa de desemprego deve ficar em 3,7 por cento, ligeiramente acima da projeção de dezembro.
A inflação para este ano deve ser de 1,8 por cento, contra 1,9 por cento estimada em dezembro passado.
As novas projeções revelaram, de forma geral, um rebaixamento do cenário do Fed para a economia. Pelo menos nove dos 17 formuladores de política reduziram a trajetória esperada para os juros e coletivamente cortaram em 0,5 ponto percentual o juro esperado para o fim deste ano.
O Fed elevou a taxa de juros sete vezes no período 2017-18 e agora está se aproximando de uma pausa com o juro a 2,6 por cento. Isso deixaria a taxa básica de juros bem abaixo do padrão histórico. As projeções mostram que o Fed não espera mais precisar deixar a política restritiva para combater a inflação.
A decisão do Fomc nesta quarta-feira foi unânime.

https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2019/03/22/mercado-europeu-acelera-quedas-no-fechamento-e-conclui-pior-semana-do-ano.htm
Mercado europeu acelera quedas no fechamento e conclui pior semana do ano

(Reuters) - Os mercados acionários europeus aprofundaram as perdas nesta sexta-feira, fechando perto das mínimas da sessão, afetados por temores de desaceleração no crescimento global após dados industriais fracos de toda a Europa serem exacerbados por números fracos também nos Estados Unidos.
Depois que o dado bastante negativo sobre a atividade manufatureira da Alemanha reacendeu os temores de uma recessão na maior economia europeia, a inversão da curva de juros nos Estados Unidos, na esteira de dados similares dos EUA, alimentou temores de que a maior economia do mundo também esteja entrando em recessão.
O índice pan-europeu STOXX 600, que havia subido diante do alívio na prorrogação do prazo do Brexit, caiu pelo terceiro dia. O índice fechou em baixa de 1,2 por cento, na semana acumulando queda de 1,3 por cento, a mais forte neste ano para esse período.
A leitura preliminar do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) para o setor manufatureiro da zona do euro também mostrou que as empresas tiveram um desempenho muito pior do que o esperado neste mês, enquanto a atividade empresarial francesa desacelerou inesperadamente.
A volatilidade implícita —clássica medida do “medo” e que acompanha a demanda por opções nas ações europeias— alcançou uma máxima em mais de nove semanas. A alta semanal foi a mais forte em um ano.
“Com os vários obstáculos enfrentados pelo setor manufatureiro na Alemanha —incluindo uma desaceleração no setor automotivo, Brexit, comércio EUA-China e uma desaceleração econômica global— há pouco elementos que gerem otimismo”, disse Craig Erlam, analista sênior de mercado da Oanda.

Guerra comercial EUA-China representa maior risco para estabilidade global, diz FMI
Por Catarina Demony e Sergio Goncalves

LISBOA (Reuters) - A guerra comercial entre Estados Unidos e China representa o maior risco à estabilidade global e uma estabilização fiscal é necessária para responder aos choques econômicos na Europa, disse o primeiro vice-diretor-gerente do FMI, David Lipton, nesta segunda-feira.
“Obviamente, isso não é uma questão para a Europa apenas. Os Estados Unidos precisam colocar sua casa fiscal em ordem também. As tensões comerciais EUA-China apresentam o maior risco à estabilidade global”, disse Lipton durante conferência em Lisboa.
A disputa comercial, que começou há cerca de oito meses, tem afetado o fluxo de bilhões de dólares em produtos entre as duas maiores economias do mundo.
Lipton disse acreditar que a capacidade de estabilização fiscal tem que estar no centro da redução de risco na Europa, descrevendo-a como crucial para “responder a choques macroeconômicos e melhorar o mix de política monetária e fiscal”.
“Na sua ausência, a zona do euro continuará muito dependente da política monetária para estabilização e grande parte do fardo da resposta de crise cairá sobre países individualmente, com sua capacidade de responder dependendo do espaço fiscal de cada um.”
Lipton disse que a saída planejada do Reino Unido da União Europeia também alimenta incerteza na Europa e em outros lugares.
26 DE MARÇO DE 2019 / ÀS 08:24 /
China vai se abrir ainda mais ao investimento estrangeiro, garante premiê a executivos globais
Reuters Staff

PEQUIM (Reuters) - O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, reafirmou a promessa de Pequim de ter mais abertura para investimentos estrangeiros em uma reunião com executivos de empresas globais, e procurou garantir que os direitos das empresas estrangeiras serão protegidos.
A China está empenhada em fornecer aos investidores e empresas estrangeiros um ambiente de negócios mais aberto e transparente, juntamente com garantias de proteção dos direitos de propriedade intelectual e sem transferência forçada de tecnologia, disse Li aos executivos do Fórum de Desenvolvimento da China.
Executivos da Daimler (DAIGn.DE), da IBM (IBM.N), da BMW (BMWG.DE), da Pfizer (PFE.N) e da Rio Tinto (RIO.L) reuniram-se com Li no encerramento do fórum de três dias, de acordo com um comunicado publicado do site do governo na segunda-feira.
O primeiro-ministro também respondeu a perguntas sobre as relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, mas não deu detalhes.
A equipe comercial dos EUA diz que os dois países estão nos estágios finais de negociação do que seria o maior acordo de política econômica com a China em décadas.
O representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, vão a Pequim nesta semana para tentar acelerar as negociações com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, enquanto Liu deve viajar a Washington para outra rodada de negociações no início de abril.
“A China incentiva o desenvolvimento de novas tecnologias e indústrias para criar espaço para inovação e desenvolvimento”, disse Li aos executivos globais.
O primeiro-ministro também procurou garantir aos executivos que a China será capaz de resistir à pressão sobre sua economia.
27 DE MARÇO DE 2019 / ÀS 18:17 /
Índices caem diante de crescentes temores com economia dos EUA
Reuters Staff

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas norte-americanas fecharam em queda nesta quarta-feira, com a baixa dos rendimentos dos Treasuries e uma inversão prolongada na curva de juros alimentando temores de uma desaceleração econômica nos EUA.
O índice Dow Jones caiu 0,13 por cento, a 25.625 pontos. O S&P 500 perdeu 0,46 por cento, para 2.805 pontos. E o Nasdaq cedeu 0,63 por cento, a 7.643 pontos.
A taxa do Treasury de 10 anos caiu, mas se manteve acima das mínimas em 15 meses atingidas recentemente, com os investidores atentos aos sinais “dovish” de vários bancos centrais pelo mundo.
A curva de juros inverteu pela primeira vez desde 2007 na sexta-feira e, se a inversão persistir, alguns especialistas dizem que pode indicar uma recessão em um ou dois anos.
Ações de empresas dos setores bancário e financeiro caíram, com o índice S&P 500 para o setor financeiro em baixa de 0,4 por cento.
“A curva de juros invertida preocupa os investidores e é por isso que as ações estão caindo. É definitivamente um indicador de desaceleração da economia. Se entrará em recessão ou não, ninguém realmente sabe. Mas vai impor uma pausa no mercado”, disse Alan Lancz, presidente da Alan B. Lancz & Associates.
As preocupações com o crescimento global aumentaram recentemente, em meio a dados econômicos fracos. Na semana passada, o Federal Reserve abandonou as projeções para qualquer aumento das taxas de juros neste ano.
O Banco Central Europeu (BCE) tornou-se o mais recente banco central a adiar o plano de aumento das taxas, em meio a crescentes ameaças ao crescimento.
Por Caroline Valetkevitch; reportagem adicional de Shreyashi Sanyal e Amy Caren Daniel

EUA e China mantêm negociações comerciais "construtivas" em Pequim
Por Michael Martina e Philip Wen

PEQUIM (Reuters) - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, manteve discussões “construtivas” em Pequim, disse ele nesta sexta-feira, concluindo a última rodada de diálogo com o objetivo de resolver a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Mnuchin e o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, estiveram na capital chinesa para as primeiras reuniões frente a frente entre os dois lados em semanas, após perderem um prazo inicial do fim de março.
“O representante de Comércio e eu concluímos negociações comerciais construtivas em Pequim”, disse Mnuchin no Twitter.
“Estou ansioso para receber o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, para dar continuidade a essas importantes discussões em Washington na próxima semana”, acrescentou ele, sem dar detalhes.
Mais cedo, ele disse a repórteres que teve um “jantar de trabalho bastante construtivo” na quinta-feira. Ele não deu detalhes e não ficou claro imediatamente com quem ele jantou.
Trump adotou tarifas sobre 250 bilhões de dólares em importações chinesas no ano passado, em uma medida para forçar a China a mudar a maneira como faz negócios com o resto do mundo.
Reportagem de Philip Wen e Michael Martina



4. Geopolítica

Forças Armadas entram em alerta pelo tom belicista de Bolsonaro. Militares da ativa são contrários a envolvimento em eventual ação na Venezuela

 19.mar.2019 às 20h38

Igor Gielow
São Paulo
Eles temem que o presidente tenha se comprometido a ajudar os Estados Unidos na missão de derrubar o ditador Nicolás Maduro, e consideram que isso seria um ponto de ruptura no apoio da cúpula ao governo.
Em seus grupos de WhatsApp, militares passaram a tarde desta terça (19) trocando impressões sobre as falas de Bolsonaro sobre Venezuela durante sua visita oficial a convite do colega Donald Trump. O presidente não descartou ações militares, falou que não poderia detalhar conversas, enfim, deixou a possibilidade no ar.
A versão de que o Brasil poderia ofertar auxílio logístico a alguma operação americana circulou nos celulares dos militares, tendo sido publicada como uma possibilidade pelo site G1. Segundo dois generais ouvidos pela Folha, a hipótese é hoje inaceitável pela maioria da cúpula da defesa brasileira.
Eles conjecturaram que, nos momentos em que esteve sozinho com Trump, apenas acompanhado pelo filho e deputado federal Eduardo, Bolsonaro pode ter sido mais assertivo com o americano. Um dos oficiais, simpático ao presidente desde sua candidatura, comparou a hipótese com a promessa que Bolsonaro fez de abrir uma base americana no Brasil —descartada assim que levantou voo.
Outro oficial afirma que se tal ideia fosse adiante, seria inevitável a reavaliação do apoio generalizado que o presidente tem entre os altos estratos das Forças, o Exército de onde Bolsonaro é oriundo especificamente.
Ele ressalta que o presidente foi aos EUA acompanhado pelo seu mais próximo conselheiro militar, o general da reserva Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e pelo porta-voz Otávio do Rêgo Barros, um general da ativa em ascensão dentro do Exército.
Em outros momentos, os dois moderaram palavras de Bolsonaro, como no episódio em que ele disse que a democracia só existe porque os militares assim o querem. Mas o oficial também não descarta uma real mudança de posição em relação à Venezuela, ainda que seja para pressionar Maduro, o que pode ter repercussões imprevisíveis.
Mesmo entre militares americanos, ouvidos pela imprensa local, há sérias dúvidas sobre a exequibilidade de intervir na Venezuela sem causar uma tragédia humanitária ainda maior do que a existente. Opções de ações de forças especiais contra o ditador são ventiladas de tempos em tempos também.
A ala já se antagonizou publicamente com o vice-presidente, o general Hamilton Mourão, que foi adido militar na Venezuela e é um dos mais vocais membros do governo contrários a qualquer saída que não seja diplomática para a crise de representatividade no país vizinho. Heleno também já se manifestou contra intervenção.
O Brasil elevou sua pressão sobre Maduro desde o começo do ano, reconhecendo Juan Guaidó, o presidente da Assembleia Nacional, como o chefe de Estado interino do país, assim como fizeram os Estados Unidos.
O caso deverá ter novos capítulos nesta quarta (20), quando a comitiva liderada por Bolsonaro voltará a Brasília.


26 de Março de 2019 / às 08:59 / há 32 minutos

Macron pede para que China e UE fortaleçam o multilateralismo

Reuters Staff
PARIS (Reuters) - O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira que a competição entre a União Europeia e a China não deve levar a um colapso nos sistemas de comércio mundial ou a isolacionismo político, já que a China prometeu trabalhar lado a lado com a Europa.
Macron, que convidou a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para um diálogo com Xi Jinping em Paris, disse que quer construir uma estrutura de comércio multilateral mais justa e equilibrada com a China.
“Devemos mostrar através de ações que a cooperação traz mais do que confronto e que temos mais a ganhar através da abertura do que fechando portas”, disse Macron.
O líder francês buscou criar uma frente europeia unificada para enfrentar os avanços chineses no comércio e na tecnologia e promover um relacionamento mais equilibrado com Pequim, e pediu nesta terça-feira uma parceria com a China baseada na confiança.
Xi tentou tranquilizar Macron, dizendo que a cooperação é a principal tendência na relação sino-europeias, mesmo que os dois lados tenham suas diferenças e haja competição entre si.
“A cooperação é maior do que a concorrência. Devemos aumentar a energia positiva”, disse Xi. “Estamos trabalhando lado a lado e ajudando uns aos outros, e não devemos estar sempre preocupados em vigiar nossas costas com desconfiança enquanto avançamos”.
https://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKCN1R71FU-OBRWD


26 de Março de 2019 / às 08:49 / há 43 minutos

Moradores de vilarejo amazônico ocupam instalações da PetroTal no Peru

Reuters Staff
LIMA (Reuters) - Moradores de uma região remota da Amazônia se apropriaram de uma pequena instalação petrolífera operada pela empresa de energia canadense PetroTal para exigir eletricidade e outros serviços do governo, disse uma associação da indústria na segunda-feira.
Imagem aérea de um rio na região de Loreto, na Amazônia peruana 29/09/2014 REUTERS/Enrique Castro-Mendivil
O protesto mais recente visando operações de petróleo e mineração no Peru nos últimos meses provocou clamores para que o presidente Martín Vizcarra tome providências para evitar tais incidentes, que criam o risco de frear investimentos no país.
A produção do Bloco 95 da PetroTal foi suspensa depois que cerca de 70 habitantes do vilarejo de Brena, da região amazônica de Loreto, assumiram o controle das instalações no domingo, disse a Sociedade Peruana de Hidrocarbonetos (SPH) em um comunicado.
O negociador-chefe do governo para conflitos com comunidades não respondeu de imediato a pedidos de comentário.
Não foi possível contatar representantes da PetroTal e moradores de Brena de imediato para obter comentários.
A PetroTal, antiga Sterling Resources Ltd, indicou estar disposta a conversar com os moradores próximos de suas operações, disse a SPH, acrescentando que se ofereceu para doar um gerador elétrico à comunidade.
“Pedimos às autoridades que façam seu trabalho e restaurem a calma”, disse a SPH em um comunicado. “A violência como forma de atrair a atenção do governo é algo que precisa ser erradicado”.
O governo Vizcarra ainda está se esforçando para encerrar um bloqueio rodoviário de uma comunidade indígena dos Andes que interrompeu as exportações dos maiores produtores de cobre do país. No mês passado ele chegou a um acordo com a comunidade, que culpou por danificar um oleoduto estatal em Loreto.
O Peru é um grande exportador de minerais, mas um produtor relativamente pequeno de petróleo, especialmente em locais onde empresas internacionais operam ao lado de comunidades pobres que carecem de serviços básicos.
A SPH disse que os conflitos criam o risco de afastar investimentos do Peru e pediu que o governo faça mais do que arrecadar impostos e royalties e cuide das necessidades de comunidades remotas.
A PetroTal, segundo a SPH, planeja investir 365 milhões de dólares nos próximos cinco anos na nação. “A empresa já pagou quase 5 milhões de dólares em impostos, dinheiro que poderia ter sido usado para fornecer eletricidade para a comunidade”, disse.
Reportagem de Mitra Taj

Cabo submarino abre novo capítulo da disputa EUA-China por domínio da internet

Governo norte-americano teme que estruturas construídas por empresa chinesa viabilizem espionagem

  26.mar.2019 às 9h14
Alexandre Orrico
São Paulo
Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta, estão em uma disputa acirrada pelo domínio da infraestrutura mundial de internet. A batalha mais recente ocorre no fundo do mar: o governo norte-americano teme que cabos submarinos construídos pela empresa chinesa Huawei permitam que a China espione os EUA e outros países.
O governo americano tenta oficialmente bloquear a participação da Huawei na infraestrutura de telecom (incluindo cabos submarinos) desde 2012, quando a empresa foi oficialmente classificada como “ameaça de segurança”.
O medo não é infundado. Cerca de 95% de toda a transmissão de dados intercontinentais passa por estes cabos e em 2013 Edward Snowden, ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), disse que os próprios Estados Unidos grampearam alguns destes cabos, interceptando inclusive informações pessoais da então presidente brasileira Dilma Rousseff e da chanceler alemã Angela Merkel.

Huawei: Como é a vida da milionária dinastia dona da gigante chinesa da tecnologia

Os EUA entendem que na prática a Huawei funciona como um braço do governo chinês e desde 2017 está em vigor uma norma da Agência Nacional de Inteligência da China que obriga empresas privadas a cooperarem com os serviços do órgão.
A agressiva multiplicação dos cabos submarinos construídos pela Huawei é parte importante de um plano do governo chinês, que pretende aumentar o domínio tecnológico do país. A empresa concluiu em setembro um cabo de mais de 6.000 quilômetros entre Brasil e Camarões, trabalha em um enorme hub que conectará Europa, Ásia e África e tem dezenas de outros projetos.
O recluso fundador da Huawei, Ren Zhengfei, 74, em sua primeira aparição pública desde 2015, falou com a imprensa no início do ano. Ele disse que a empresa “nunca recebeu qualquer pedido de qualquer governo para fornecer informações impróprias” e negou as acusações de espionagem.Meng Wanzhou, filha de Ren e diretora financeira da Huawei, está presa no Canadá desde dezembro, acusada de violar sanções dos Estados Unidos contra o Irã. Em janeiro foi a vez de um diretor de vendas ser preso na Polônia, acusado de espionagem. Na ocasião, a Huawei disse que as “ações alegadas não têm relação com a empresa”. O funcionário foi demitido logo depois.
Muitos outros cabos serão necessários à medida em que pipoca a quinta geração de internet móvel no mundo, a rede 5G, tecnologia a qual a Huawei, maior fabricante de produtos de telecomunicações do mundo, também é distribuidora.
Mas o governo norte-americano já proibiu a Huawei de fornecer tecnologia 5G no país, assim como Austrália e Nova Zelândia. O motivo é o mesmo: os equipamentos da empresa poderiam favorecer a espionagem do governo chinês. Os EUA tentam ainda pressionar a Alemanha e outros aliados a fazerem o mesmo.
À reportagem da Folha, o MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) disse por email que o ministério considera “a Huawei um player interessante para o Brasil” e que “até o momento nenhum órgão apresentou nenhuma demanda relativa à espionagem”.
O ministério informou ainda que a posição do ministro Marcos Pontes é a de que “qualquer decisão sobre a empresa depende de vários atores de governo e devem ser tomadas com base em fatos após investigações, se houverem”.
Trump diz que militares russos precisam deixar Venezuela
Reuters Staff
Trump se reúne com Fabiana Rosales, esposa do líder da oposição veneszuelana, Juan Guaidó 27/03/2019 REUTERS/Carlos Barria
WASHINGTON (Reuters) - O presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que os militares russos precisam sair da Venezuela, dias depois que o contingente russo chegou a Caracas, dizendo que “todas as opções” poderiam acontecer.
“A Rússia tem que sair”, disse Trump a repórteres durante uma reunião com a esposa do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó. Perguntado como isso poderia ser realizado, Trump disse: “Vamos ver. Todas as opções estão em aberto.”