Primeiro
Filtro: Decifra-me ou Devoro-te
A conjuntura
sempre traz o dilema da esfinge de Tebas: Decifra-me ou Devoro-te. Por isto,
resolvemos publicar um trabalho feito por um coletivo que decidiu acompanhar o noticiário
e fazer uma primeira seleção, de acordo com o interesse dos trabalhadores.
Pelo menos uma vez
a cada 15 dias, você encontrará aqui no conselhodaclasse, um rol de notícias,
resultado do primeiro filtro de notícias, de alguns dos principais jornais de
grande circulação no Brasil, dos quais os membros deste coletivo tem acesso (O
globo, Estado de São Paulo, Estado de Minas, Zero Hora, Correio Brasiliense,
Folha de São Paulo ...).
Não
necessariamente você encontrará notícias de todos estes jornais nessa seleção.
Também não se pretende fazer uma análise de conjuntura. Esta seleção tem como
objetivo, fornecer material para que você faça sua própria análise de
conjuntura.
O critério para
nosso primeiro filtro foi o seguinte: 1. Economia Internacional. 2. Economia
nacional. 3. Política e direitos Trabalhistas. 4. Geopolítica. 5. Política e
Educação. 6. Movimentos da Classe. As notícias serão publicadas na sequência de
nossos tópicos.
Boa leitura
1.
Economia
Internacional
15 DE ABRIL DE
2019
Preocupadas com
possível recessão, empresas de crédito online dos EUA reduzem riscos
Por Anna Irrera
NOVA YORK
(Reuters) - Empresas de crédito online dos Estado Unidos como LendingClub,
Kabbage e Avant estão examinando a qualidade dos empréstimos, assegurando
financiamento de longo prazo e cortando custos, enquanto os executivos se
preparam para o que eles temem ser a primeira recessão econômica do setor.
11/12/2014
REUTERS/Brendan McDermid
Uma recessão pode
trazer perdas crescentes de crédito, crises de liquidez e custos mais altos de
financiamento, testando modelos de negócios em um setor relativamente
emergente.
Os credores
‘peer-to-peer’ (entre pares) e digitais surgiram em grande parte após a Grande
Recessão de 2008. Ao contrário dos bancos, que tendem a ter depósitos de baixo
custo e mais estáveis, essas empresas de crédito online contam com
financiamento do mercado, que pode ser mais difícil em tempos de estresse.
Seus métodos de
verificação também incluem muitas vezes a análise de dados não tradicionais,
como o nível de educação dos mutuários. Embora as plataformas vejam isso como
uma força, elas ainda precisam ser testadas em tempos de crise.
“Isso é muito
importante para nós”, disse Scott Sanborn, presidente-executivo do LendingClub,
em entrevista, referindo-se à possibilidade de uma recessão. “Não é uma questão
de ‘se’, é ‘quando’ e não está a cinco anos de distância.”
Sanborn e
executivos de cerca de meia dúzia de outras dessas empresas online, que
conversaram com a Reuters, disseram que o agravamento dos indicadores
econômicos e as previsões os tornaram mais cautelosos.
Suas preocupações
são o mais recente sinal de que a crise dos EUA está próxima. Economistas
consultados pela Reuters em março viram uma chance de 25 por cento de recessão
nos EUA nos próximos 12 meses. Mais recentemente, alguns executivos disseram
que uma decisão do Federal Reserve de suspender o aumento das taxas de juros
reforçou esses temores.
“Estávamos vendo
economistas levantando alguns sinais de alerta, e estávamos seguindo os sinais
do Fed e eles estavam se tornando mais brandos”, disse Bhanu Arora, o chefe de
empréstimos ao consumidor do banco de Chicago, Avant. “Queríamos estar
preparados e prontos.”
Para posicionar-se
melhor para a recessão, a Avant apresentou um plano no final do ano passado que
inclui o aperto das exigências de crédito para os segmentos identificados como
de maior risco, disse Arora.
Para ter certeza,
os executivos disseram que ainda não estão vendo sinais gritantes de problemas
em suas carteiras de empréstimos.
Uma desaceleração
também está longe de ser certa. Na sexta-feira, o JPMorgan Chase, o maior banco
do país em ativos, diminuiu os temores de uma recessão depois que registrou
lucros trimestrais melhores do que o esperado, impulsionados pelo que descreveu
como sólido crescimento econômico dos EUA.
Se uma
desaceleração ocorrer, no entanto, ela separaria as empresas de crédito online
mais fortes das mais fracas.
“Todas essas
plataformas diferentes dizem que podem verificar seus possíveis clientes de
maneira única”, disse Robert Wildhack, analista da Autonomous Research. “Esta
será a primeira chance que temos para ver quem está certo e quem poderia estar
pegando atalhos.”
15 DE ABRIL DE
2019
EXCLUSIVO-EUA
amenizam exigência de que China reduza subsídios em busca por acordo comercial,
dizem fontes
Por Alexandra
Alper e Chris Prentice e Michael Martina
WASHINGTON/PEQUIM
(Reuters) - Os negociadores norte-americanos amenizaram as exigências de que a
China reduza os subisídios industriais como condição para um acordo comercial
após forte resistência de Pequim, segundo duas fontes informadas sobre as
conversas, marcando um recuo em um objetivo central dos EUA nas negociações
comerciais.
As duas maiores
economias do mundo estão há nove meses em uma guerra comercial que já custou
bilhões de dólares para ambos os lados, afetando os mercados financeiros e as
cadeias de fornecimento.
O governo do
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas sobre 250 bilhões de
dólares em produtos chineses para pressionar pelo fim de políticas —incluindo
subsídios à indústria— que Washington afirma prejudicarem as empresas
norte-americanas que competem com as chinesas. A China respondeu com suas
próprias tarifas sobre produtos dos EUA.
A questão dos
subsídios industriais é complicada porque eles estão interligados à política
industrial do governo chinês. Pequim dá subsídios e isenções fiscais a empresas
estatais e setores considerados estratégicos para o desenvolvimento de longo
prazo.
Na busca por
garantir um acordo no próximo mês, os negociadores dos EUA mostraram-se
conformados em conseguir menos do que gostariam em relação à redução desses
subsídios, e estão focados em outras áreas em que eles consideram que as
exigências são mais factíveis, disseram as fontes.
Entre elas estão
as transferências forçadas de tecnologia, a melhora da proteção de propriedade
intelectual e a ampliação do acesso aos mercados da China, disseram as fontes.
A China já cedeu nessas questões.
“Não é que não
haverá alguma linguagem sobre isso, mas não será muito detalhado ou
específico”, disse uma fonte familiarizada com as negociações em referência aos
subsídios.
Um representante
da Casa Branca repassou a Reuters para o Gabinete do Representante de Comércio
dos EUA, que não respondeu ao pedido de comentários.
“Se os
negociadores dos EUA definem sucesso como a mudança na maneira que a economia
da China opera, isso nunca vai acontecer”, disse a outra fonte.
“Um acordo que
faça Xi parecer fraco não é um acordo vantajoso para Xi. Qualquer que seja o
acordo que consigamos, será melhor do que o que temos, e não será suficiente
para algumas pessoas. Mas política é assim”, disse a fonte.
A China prometeu
neste ano acabar com subsídios para sua indústria doméstica que distorçam o
mercado, mas não ofereceu detalhes sobre como atingirá esse objetivo, disseram
três pessoas a par das negociações à Reuters em fevereiro.
PIB da China do 1º
tri deve ter tido menor crescimento em 27 anos
Por Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) -
A China deve divulgar na quarta-feira que o crescimento econômico desacelerou
ao ritmo mais fraco em pelo menos 27 anos no primeiro trimestre, com
formuladores de política buscando evitar uma desaceleração maior que possa
provocar perda de empregos.
Mas os
investidores e parceiros comerciais da China provavelmente vão se concentrar em
leituras para março, esperando por sinais de que meses de estímulo estejam
começando a estabilizar a atividade na segunda maior economia do mundo, num
momento em que a demanda global parece instável.
“É
provável que os dados mostrem a mais clara evidência de recuperação econômica”,
embora as questões permaneçam sobre a força de qualquer recuperação e quanto
tempo vai durar, disseram analistas da Nomura em uma nota divulgada na
terça-feira, refletindo altas expectativas no mercado.
Pequim
reforçou o estímulo fiscal neste ano para apoiar o crescimento, anunciando
bilhões de dólares em cortes de impostos e gastos em infraestrutura, enquanto
os bancos chineses emprestaram um recorde de 5,8 trilhões de iuanes (864,8
bilhões de dólares) no primeiro trimestre.
Analistas
consultados pela Reuters esperam que a China informe que o PIB cresceu 6,3 por
cento no trimestre ante mesmo período de 2018, o que seria o ritmo mais lento
desde o primeiro trimestre de 1992, os primeiros dados trimestrais registrados.
Mas
os dados de março, que serão divulgados ao mesmo tempo, devem mostrar um
crescimento mais forte da produção industrial, investimentos e vendas no
varejo, segundo analistas ouvidos pela Reuters, sugerindo que a economia pode
estar se recuperando.
Economistas
consultados pela Reuters prevêem recuo adicional para 6,2 por cento em 2019 - o
mais lento em quase 30 anos, mas mais ou menos no meio da meta de 6 a 6,5 por
cento de Pequim.
UE e China
divulgam 10 ações para fortalecer relações entre as partes
ESTADÃO
Publicado
em 12/03/19 às 12:29
A Comissão
Europeia divulgou documento no qual são detalhadas dez "ações
concretas" entre a União Europeia e a China para fortalecer a relação
entre as partes. As medidas devem ser alvo de debate e endosso dos governos do
bloco na reunião do Conselho Europeu em 21 de março, segundo a nota oficial.
Entre as medidas está a busca por uma "relação econômica mais balanceada e
recíproca", que inclui a reforma da Organização Mundial de Comércio (OMC),
"em particular em subsídios e transferências forçadas de tecnologia, e a
conclusão de acordos bilaterais sobre investimento até 2020".
Entre as ações
estão ainda o fortalecimento da cooperação bilateral para compartilhar
responsabilidades comuns, inclusive no âmbito da Organização das Nações Unidas;
o combate a mudanças climáticas, em linha com os objetivos do Acordo de Paris,
inclusive com um pedido da UE para que a China atinja seu pico de emissões
antes de 2030; um maior envolvimento conjunto em questões de paz e segurança; o
trabalho para preservar a estabilidade, o desenvolvimento econômico sustentável
e a boa governança em países parceiros; a reciprocidade de oportunidades; e uma
abordagem comum na UE para a segurança em redes 5G, entre outras.
A próxima cúpula
UE-China está prevista para o início de abril, diz ainda o comunicado.
O 'momento
delicado' da economia global, na visão do FMI
Fundo Monetário
revê para baixo previsão de crescimento das grandes economias mundiais e também
do Brasil, em um cenário ainda considerado 'precário'.
Por BBC
09/04/2019
17h13
A economia global
está no que a economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI)chama
de "momento delicado". Gita Gopinath diz que, embora não anteveja uma
recessão global, "há muitos riscos" no horizonte.
O FMI acaba de
lançar a mais recente edição do relatório World Economic Outlook, que estima
que a economia mundial vai crescer 3,3% neste ano e 3,6% em 2020. Trata-se de
um crescimento mais lento do que o do ano passado - e, no que diz respeito a
2019, uma redução de 0,2 pontos percentuais em relação à previsão inicial do
próprio FMI.
O organismo reviu
para baixo sua previsão de crescimento em 2019 para todas as economias
desenvolvidas do mundo - particularmente EUA, zona do euro, Japão, Reino Unido
e Canadá.
Os motivos, diz o
relatório, são "uma confluência de fatores afetando as principais
economias", entre eles a desaceleração da China (que, ao reduzir suas
importações, freia o crescimento do resto do mundo), o aumento das tensões
comerciais com os EUA e desastres naturais que afetaram o desempenho do Japão.
Também puxam as
expectativas para baixo as perspectivas de crescimento menor na América Latina,
no Oriente Médio e no norte da África.
Para o Brasil, a
previsão do FMI é de crescimento de 2,1% neste ano (uma redução de 0,4 pontos
percentuais em relação à estimativa feita em janeiro) e de 2,5% no ano que vem
(aumento de 0,3 pontos percentuais).
Recuperação
'precária'
As previsões
globais refletem uma desaceleração que vem desde o final de 2018, estimulada
por fatores como a disputa comercial entre Washington e Pequim, algo que o FMI
prevê durar até o final deste semestre.
Depois disso, o
crescimento global deve ganhar mais força, prosseguindo até o ano que vem. Mas
Gopinath descreve essa retomada como "precária".
A economista
afirma que muito dependerá do desempenho de economias em desenvolvimento sob
estresse, como a Turquia e a Argentina - esta última enfrenta uma combinação de
inflação, alta do dólar e recessão econômica, e recorreu a um empréstimo
bilionário do próprio FMI.
Gopinath também
prevê uma recuperação parcial da zona do euro. Já a economia dos EUA deve
continuar a perder força, crescendo menos de 2% no ano que vem, à medida que
diminuir o impacto dos cortes de impostos promovidos pelo presidente Donald
Trump.
Não há nenhum
sinal de simpatia, por parte do relatório do FMI, com a visão de Trump de que o
principal fator impedindo o crescimento dos EUA é o aumento das taxas de juros
por parte do Fed (o banco central americano) nos últimos dois anos.
Sinais de
problemas?
Para a
economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, os riscos globais atuais
incluem a possibilidade de mais tensões no comércio internacional. Gopinath
cita como exemplo o setor automotivo, área na qual Trump avalia impor novas
tarifas sobre produtos importados.
Outro sinal de
alerta vem do Brexit, o processo de saída do Reino Unido da União Europeia. O
FMI reduziu para baixo as expectativas de crescimento da economia britânica sob
a perspectiva de que o Parlamento britânico consiga chegar a um acordo para uma
saída ordenada da UE, o que ainda está longe de ser garantido.
Um Brexit abrupto
e sem acordo poderá ter um impacto ainda mais duro no crescimento da economia
do Reino Unido. Além disso, o relatório do FMI vê riscos possíveis de
deterioração nos mercados financeiros globais, que aumentem os custos para
empréstimos globais, inclusive para governos que precisem financiar suas obras.
UE planeja
retaliação em disputa de aeronaves com EUA
Por Philip
Blenkinsop e Tim Hepher
BRUXELAS/PARIS (Reuters)
- A União Europeia começou os preparativos para retaliar os subsídios para a
Boeing, disse uma autoridade da UE nesta terça-feira, um dia após Washington
listar produtos do bloco que planeja atingir com tarifas em suas disputas de
aeronaves.
O Representante de
Comércio dos Estados Unidos propôs, na segunda-feira, uma gama de produtos da
UE, desde aeronaves comerciais até lacticínios e vinhos, para atacar, em
retaliação aos subsídios dados à Airbus.
Uma fonte da
Comissão Europeia disse nesta terça-feira que o nível das contramedidas
propostas pelos EUA foi “muito exagerado”, acrescentando que a quantidade de
retaliação só poderia ser determinada por um árbitro da Organização Mundial do
Comércio (OMC).
“Na disputa
paralela da Boeing, a determinação dos direitos de retaliação da UE também está
se aproximando e a UE pedirá ao árbitro indicado pela OMC que determine os
direitos de retaliação do bloco”, disse a fonte, acrescentando que a Comissão
está se preparando para agir após a decisão do árbitro.
A Airbus disse que
não viu nenhuma base legal para a ação dos EUA e alertou para o aprofundamento
das tensões comerciais transatlânticas.
O Ministro das
Finanças da França, Bruno Le Maire, disse em uma conferência em Paris que os
dois lados precisam chegar a um acordo amigável.
“Quando vejo a
situação em que o crescimento global está, não acho que podemos nos permitir
ter um conflito comercial, mesmo que apenas em questões específicas da
indústria aeronáutica nos Estados Unidos e na Europa”, disse.
Os dois lados estão
se aproximando do clímax de uma disputa recorde de subsídios que vem se
arrastando pela OMC há quase 15 anos.
Ambos os lados
obtiveram vitórias parciais ao afirmar que a Airbus e a Boeing receberam
subsídios ilegais, mas discordam sobre o valor envolvido e se cada um cumpriu
as decisões anteriores da OMC.
2.
Economia Nacional
Petrobras sobe diesel em R$ 0,10, e valor fica abaixo
do anunciado antes
Imagem: Marcelo
Fonseca/Estadão Conteúdo
Do UOL, em São
Paulo
17/04/2019 19h17Atualizada
em 17/04/2019 20h31
Menos de uma semana
após ter cancelado um reajuste a pedido do presidente Bolsonaro, a Petrobras
anunciou um aumento de R$ 0,1038 no preço do óleo diesel nas refinarias.
Segundo o site da empresa, o combustível passa a custar em média R$ 2,247 a
partir desta quinta-feira, uma alta de 4,84% em relação ao preço anterior (R$
2,1432). O aumento ficou abaixo dos 5,7% anunciados na última semana, antes do
recuo provocado pelo pedido de Bolsonaro.
Na ocasião, a
estatal voltou atrás e adiou o reajuste após ligação de Jair Bolsonaro para o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Se a alta
de 5,7% tivesse sido mantida, o valor do diesel teria ido para R$ 2,262 por
litro.
O novo reajuste foi
anunciado um dia após o presidente da estatal se reunir com o Bolsonaro e
ministros de governo em Brasília.
O preço anunciado é
o cobrado nas refinarias. Isso não significa necessariamente que as mudanças
chegarão ao consumidor final na bomba. Os postos são livres para aplicar ou não
o reajuste, e na porcentagem que desejarem.
Segundo a
Petrobras, o preço estabelecido por ela representa, em média, 54% do valor
final do diesel cobrado nos postos.
Aumento pode variar nas bases da Petrobras
A alta de preços
nas refinarias pode variar um pouco conforme a base da Petrobras no país.
Segundo a empresa, a variação mínima é de 4,518% e a máxima de 5,147% nos seus
35 pontos de venda no Brasil.
Ações e valor desabaram na semana passada
Na semana passada,
a Petrobras voltou atrás em um reajuste do diesel nas refinarias após pressão
do presidente Jair Bolsonaro, que defendeu "um preço justo" para o
combustível e disse que quer ser convencido pela estatal sobre a necessidade do
aumento.
O movimento da
Petrobras levantou preocupações no mercado sobre possíveis intervenções do
governo em suas políticas de preços, que poderiam prejudicar a recuperação
financeira da petroleira, ao mesmo tempo em que mostra preocupação do governo
federal com eventual nova greve dos caminhoneiros.
Por causa do
cancelamento do aumento, as ações da Petrobras caíram mais de 8% na sexta-feira. Com isso, a estatal perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado num só dia.
Presidente da Petrobras defende preços do diesel
Em entrevista
coletiva, o presidente da Petrobras defendeu a política de preços para os
combustíveis da estatal. "Nós continuamos a observar rigorosamente preços
alinhados com o preço internacional. Nossa política é essa e vai continuar a
ser", afirmou Castello Branco.
O executivo também
comentou a ligação que recebeu de Bolsonaro e disse que, pela primeira vez, foi
reafirmada a independência da empresa para praticar preços. "Não há razões
para desacreditar o presidente Bolsonaro. Nunca houve interferência mínima que
seja."
Castello Branco
declarou, ainda, que a periodicidade mínima de 15 dias para o ajuste do diesel
está mantida, mas nada impede uma eventual mudança. "O objetivo é ser o
mais transparente possível", disse.
Risco de greve é baixo, diz presidente da Petrobras
A decisão de
aumentar o preço do diesel acontece após o governo apresentar um pacote de medidas para o setor de transportes. Entre as ações estão a destinação de R$ 2 bilhões para a expansão e
duplicação de rodovias e uma linha de crédito de até R$ 30 mil caminhoneiros
financiarem a manutenção de seus caminhões.
Questionado se o
aumento no diesel poderia deflagrar uma nova greve de caminhoneiros, a exemplo da ocorrida em 2018, o presidente da Petrobras afirmou que o pacote do governo contempla as
principais reivindicações da categoria. "O risco de greve de caminhoneiros
agora é baixo, depois de uma ação do governo na direção certa", declarou.
Muitos
caminhoneiros, no entanto, demonstraram insatisfação com as medidas do governo e não afastam a possibilidade de greve
em maio.
(Com Reuters)
Veja dicas para
economizar combustível no seu carro
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