Notícias sobre o Acirramento da Guerra comercial, Ataque a Venezuela,e Geopolítica internacional
Publicamos hoje nossa Quinzena número 4. v. 5 e
como escrevemos nos números anteriores, a conjuntura sempre traz o dilema da
esfinge de Tebas: Decifra-me ou Devoro-te. Por isto,
continuamos publicando quinzenalmente aqui no conselhodaclasse, este trabalho feito por um coletivo que decidiu
acompanhar o noticiário e fazer uma primeira seleção, de acordo com os
interesses dos trabalhadores.
Aqui você sempre encontra um rol de notícias,
resultado do primeiro filtro de alguns dos principais jornais de grande
circulação no Brasil, dos quais os membros deste coletivo têm acesso (O globo, Estado de São Paulo, Estado de
Minas, Zero Hora, Correio Brasiliense, Folha de São Paulo ...).
Não necessariamente você encontrará notícias de
todos estes jornais nessa seleção. Também não se pretende fazer uma análise de
conjuntura. Esta seleção tem como objetivo, fornecer material para que você
faça sua própria análise de conjuntura.
Nosso critério de seleção é o seguinte: 1.
Economia Internacional. 2. Economia nacional. 3. Política e direitos
Trabalhistas. 4. Geopolítica. 5. Política e Educação. 6. Movimentos da Classe.
As notícias serão publicadas na sequência de nossos tópicos.
11. Economia
Internacional
14 DE MARÇO
DE 2019 / ÀS 13:32 / HÁ 3 DIAS
Mercado de
trabalho dos EUA reduz ímpeto; inflação de importados permanece benigna
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com
pedidos de auxílio-desemprego na semana passada cresceu mais que o esperado,
sugerindo que o mercado de trabalho está desacelerando, mas provavelmente não
ao ponto temido após uma quase estagnação no crescimento de empregos em
fevereiro.
Apesar de dados divulgados nesta quinta-feira mostrarem que os preços
dos importados tiveram em fevereiro a maior alta em nove meses, a tendência da
inflação de importados permaneceu fraca. Os preços de importação caíram na
comparação anual pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro.
Notícias sobre o mercado imobiliário continuam negativas, ]com vendas de
novas moradias caindo em janeiro mais que o esperado. O fluxo de dados continua
amplamente sustentando a postura de “paciência” do Federal Reserve com relação
a novas altas de juros neste ano.
Autoridades do Fed vão se reunir na próxima terça e quarta-feira para
decidir sobre política monetária.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentaram
em 6 mil, para 229 mil em dados ajustados sazonalmente, na semana encerrada em
9 de março, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Os dados da
semana anterior não foram revisados. [nZON17J706]
Economistas consultados pela Reuters projetavam pedidos crescendo a 225
mil na semana passada. Os pedidos têm pairado no meio da faixa de 200 mil a 253
mil neste ano.
Também nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio disse que vendas
de novas moradias recuaram 6,9 por cento em janeiro, para uma taxa anual
ajustada sazonalmente de 607 mil unidades. O ritmo de vendas de dezembro foi
revisado para 652 mil unidades, acima das 621 mil unidades anteriormente
reportadas. [nL1N2110OY]
Economistas tinham projetado que as vendas de novas moradias, que
correspondem a cerca de 11 por cento de vendas de moradias do mercado, cairiam
0,6 por cento, a um ritmo de 620 mil unidades em janeiro.
Em um terceiro relatório divulgado nesta quinta-feira, o Departamento de
Trabalho disse que os preços de importados subiram 0,6 por cento no mês
passado, impulsionados por aumentos nos custos de combustíveis e bens de
consumo. Foi o maior ganho desde maio e ocorreu após uma revisão, de alta, da
taxa de janeiro, atualizada para elevação de 0,1 por cento.
Economistas consultados pela Reuters previam que os preços de importados
subiriam 0,3 por cento em fevereiro, após uma queda reportada anteriormente de
0,5 por cento em janeiro.
Por Lucia Mutikani
14 DE MARÇO
DE 2019 / ÀS 07:37 / HÁ 3 DIAS
China e EUA
vão adiar encontro entre Xi e Trump para ao menos abril, diz Bloomberg
PEQUIM (Reuters) - Um encontro entre os presidentes dos Estados Unidos,
Donald Trump, e da China, Xi Jinping, para resolver a guerra comercial não
acontecerá neste mês e é mais provável que ocorra em abril, noticiou a
Bloomberg nesta quinta-feira citando fontes não identificadas.
As negociações dos dois países têm trabalhado no sentido de chegar a um
acordo para resolver a disputa comercial. O Wall Street Journal informou neste
mês que Xi e Trump poderiam alcançar um acordo formal de comércio em uma
reunião em 27 de março, mas Trump disse na quarta-feira que não tem pressa para
finalizar o acordo.
12 DE MARÇO
DE 2019 / ÀS 16:53 / HÁ 5 DIAS
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1QT2S1-OBRBS
Parlamento
volta a rejeitar acordo de May para Brexit e deixa Reino Unido à beira do caos
LONDRES (Reuters) - Parlamentares britânicos rejeitaram o acordo do
Brexit da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, nesta terça-feira,
aprofundando a crise enfrentada pelo país e forçando o Parlamento e decidir
dentro de dias se deseja apoiar uma saída sem acordo ou buscar um adiamento de
última hora da separação da União Europeia.
Os parlamentares votaram contra um acordo modificado de May por 391 a
242 votos, à medida que as conversas de última hora da premiê com líderes da UE
na segunda-feira para acalmar as preocupações de seus críticos se mostraram
infrutíferas.
A votação coloca a quinta maior economia do mundo em território
desconhecido sem um caminho óbvio à frente: deixar a UE sem um acordo, adiar o
prazo de 29 de março para o divórcio, uma eleição antecipada ou até mesmo um
novo referendo são possibilidades.
May pode até tentar pela terceira vez obter apoio parlamentar na
esperança de que eurocéticos linha-dura em seu Partido Conservador, os críticos
mais duros do acordo que ela negociou, mudem de ideia se ficar mais claro que o
Reino Unido pode acabar permanecendo na UE.
Apesar da derrota, a margem desta terça-feira foi menor do que o recorde
de 230 votos de janeiro.
Agora, parlamentares votarão na quarta-feira para decidir se o Reino
Unido deve deixar o maior bloco comercial do mundo sem um acordo, um cenário
que, segundo líderes empresariais, causaria caos em mercados e cadeias de
fornecimento, e que, de acordo com outros críticos, resultaria em escassez de
alimentos e remédios.
May disse que o governo não irá orientar seu próprio partido sobre como
votar, como normalmente seria o caso.
Um porta-voz do oposicionista Partido Trabalhista disse que isso quer
dizer que May “desistiu de qualquer pretensão de liderar o país”. O porta-voz político
de May disse que ela não discutiu a possibilidade de renunciar ao cargo.
A primeira-ministra, rouca após as longas conversas de segunda-feira,
disse a parlamentares: “Deixem-me ser clara. Votar contra deixar sem um acordo
e por uma prorrogação não resolve os problemas que enfrentamos”.
A oposição ao acordo de May dentro do Partido Conservador se deve à
crença de que os termos não fornecem a ruptura clara da União Europeia pela
qual muitos votaram.
Defensores do Brexit argumentam que, embora uma separação sem acordo
possa trazer alguma instabilidade a curto prazo, a longo prazo o processo
poderia permitir que o Reino Unido prosperasse e firmasse benéficos acordos
comerciais por todo o mundo.
Entretanto, o Parlamento também deve rejeitar firmemente um Brexit sem
acordo, o que faria com que parlamentares votassem novamente na quinta-feira
—desta vez para decidir se o governo deve solicitar um adiamento da data de
saída para possibilitar a realização de mais negociações.
Reportagem adicional de William James
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN1QU2EQ-OBRBS
13 DE MARÇO
DE 2019 / ÀS 14:26 / HÁ 4 DIAS
Ford anuncia
demissões nos EUA, sem revelar números
(Reuters) - A Ford confirmou
nesta quarta-feira que está cortando um número não especificado de empregos
assalariados nos Estados Unidos como parte de uma reorganização global
anunciada no ano passado e que incluiu um fechamento de fábrica no Brasil.
Said Deep, porta-voz da companhia, se recusou a dizer quantos empregos
estão sendo cortados, mas disse que a empresa espera que o processo seja
concluído até o fim de junho. Ele disse que a reestruturação “resultou em
algumas separações de empregados assalariados e na realocação de outros”.
A Ford informou no ano passado a reorganização de sua força de trabalho
global, o que resultará em redução de pessoal, e isso vai variar de acordo com
a equipe e o local.
No mês passado, a Ford disse que fechará sua fábrica mais antiga no
Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), deixando de produzi caminhões e veículos
comerciais na América do Sul, uma medida que envolve mais de 2.700 empregos.
A Ford disse que a reorganização global envolverá milhares de empregos e
possíveis fechamentos de fábricas na Europa e resultará em 11 bilhões de
dólares em encargos.
Em janeiro, o presidente-executivo da Ford, Jim Hackett, disse aos
funcionários que 2018 tinha sido “medíocre” e acrescentou que era “hora de
enterrar o ano (2018) em um túmulo profundo, chorar o que poderia ter sido e se
tornar super focado em atingir e exceder o plano deste ano”.
As montadoras estão reduzindo custos em meio a temores de uma
desaceleração nas vendas de automóveis.
A General Motors está suspendendo a produção em cinco fábricas na
América do Norte e cortou cerca de 8 mil empregos, ou 15 por cento de sua força
de trabalho administrativo.
Por David Shepardson
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1QS2OM-OBRBS
11 DE MARÇO DE 2019 / ÀS 18:46 / HÁ 6
DIAS
Orçamento proposto por Trump eleva gasto
militar e com muro, mas mira serviços sociais
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, pediu nesta segunda-feira, ao apresentar o seu Orçamento de 2020, a
revisão de programas sociais que ajudam norte-americanos pobres e idosos, ao
mesmo tempo que quer aumentar gastos militares e financiamento para o muro na
fronteira com o México, na abertura de sua próxima briga por financiamento com
o Congresso norte-americano.
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 08/03/2019
REUTERS/Jonathan Ernst
O orçamento de 4,7 trilhões de dólares do presidente republicano
foi imediatamente criticado por democratas no Congresso, que rejeitaram seu
esforço no ano passado por financiamento para o muro em um impasse que resultou
em uma paralisação parcial de cinco semanas do governo dos EUA.
Assim como propostas passadas de orçamento presidencial, é
improvável que o plano de gastos de Trump vire lei, especialmente com
democratas no controle da Câmara dos Deputados, mas ele serve como um manifesto
antecipado das prioridades políticas que ele trará para sua campanha de
reeleição em 2020.
“O presidente Trump de alguma forma conseguiu produzir um pedido
de orçamento ainda mais descolado da realidade do que os dois anteriores”,
disse a deputada democrata Nita Lowey, presidente do Comitê de Apropriações da
Câmara.
O senador democrata Patrick Leahy, presidente do Comitê de
Apropriações do Senado, disse em nota que o plano de Trump “não vale o papel no
qual foi impresso”.
Neste ano, há mais em jogo por um acordo do que no ano passado.
Um prazo de 1º de outubro para manter o governo em funcionamento coincide com
um prazo para elevar o limite da dívida. Sem um aumento no limite, o governo
dos EUA ficaria sob risco de um déficit, o que provocaria um choque na economia
mundial.
O orçamento de Trump inclui propostas politicamente voláteis de
reformar o Medicare, Medicaid e outros programas sociais custosos que compõem a
rede de segurança social norte-americana que ajuda os pobres e
desprivilegiados.
O plano pede por 8,6 bilhões de dólares para construir um muro
na fronteira com o México. Esse número é seis vezes mais do que o Congresso
concedeu a Trump para projetos na fronteira em cada um dos dois últimos anos
fiscais, e 6 por cento a mais do que ele arrecadou ao invocar poderes
emergenciais neste ano após fracassar em conseguir o valor que queria.
DEFESA
Trump também pede que os gastos com defesa cresçam mais de 4 por
cento, a 750 bilhões de dólares, usando a conta emergencial Overseas
Contingency Operations (COO) - ridicularizada por conservadores como um fundo
secreto - para contornar tetos de gastos determinados em uma lei de restrição
fiscal de 2011.
Gastos não relacionados à defesa foram mantidos abaixo desses
limites, graças a acentuadas propostas de cortes de financiamento no
Departamento de Estado (23 por cento) e Agência de Proteção Ambiental (EPA, na
sigla em inglês) (31 por cento), entre outros.
Mesmo com os cortes, que a Casa Branca disse que totalizarão uma
economia de 2,7 trilhões de dólares em mais de uma década, o gabinete de
orçamento disse que o plano de Trump não terá equilíbrio até 2034, superando a
perspectiva tradicional de 10 anos.
Cortes tributários têm sido uma prioridade para a Casa Branca e
Congresso republicanos nos últimos anos, em vez de redução do déficit. O
déficit cresceu para 900 bilhões de dólares em 2019 e a dívida nacional avançou
para 22 trilhões de dólares.
19 DE MARÇO
DE 2019
https://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKCN1R02U7-OBRWD
EUA e China
retomarão negociações comerciais na próxima semana, diz autoridade
norte-americana
(Reuters) - O representante
comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro,
Steven Mnuchin, planejam viajar para a China na próxima semana para outra
rodada de negociações comerciais com o vice-premiê chinês, Liu He, disse uma autoridade
do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, nesta terça-feira.
A retomada da negociação presencial, a primeira desde que Trump atrasou
o prazo de 1º de março para aumentar as tarifas sobre importações chinesas no
valor de 200 bilhões de dólares, foi relatada pela primeira vez pelo Wall
Street Journal.
Segundo o jornal, que cita autoridades do governo norte-americano, He
irá a Washington na semana seguinte.
As negociações entre a China e os EUA estão nas etapas finais, com uma
data-alvo para o acordo até o final de abril, de acordo com a reportagem.
Washington e Pequim adotaram tarifas de importação sobre os produtos um
do outro que custaram bilhões de dólares às duas maiores economias do mundo,
afetaram os mercados e prejudicaram cadeias de oferta e de indústria.
https://extra.globo.com/noticias/economia/fed-desiste-de-altas-de-juros-em-2019-planeja-frear-reducao-de-seu-balanco-23537824.html
Fed desiste de altas de juros em 2019 e
planeja frear redução de seu balanço
WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve (Fed, banco central dos
EUA) adotou uma postura menos agressiva nesta quarta-feira, sinalizando que não
aumentará as taxas de juros neste ano, em meio a uma economia em desaceleração,
e anunciando um plano para encerrar seu programa de redução de balanço até
setembro.
O Fed reiterou sua promessa de ser “paciente” com a política
monetária e disse que começará a desacelerar a redução de sua carteira de
títulos do Tesouro em maio. A liquidação mensal cairá para 15 bilhões de
dólares, ante 30 bilhões de dólares.
No todo, as informações significam que, depois de apertar a
política monetária em duas frentes de uma vez no ano passado, o Fed agora está
fazendo uma pausa para se ajustar ao crescimento global mais fraco e a uma
perspectiva um pouco mais fraca para a economia americana.
“Pode levar algum tempo até que as perspectivas de emprego e
inflação exijam claramente uma mudança na política (monetária)”, disse o
presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva após o final de uma
reunião de política de dois dias.
“(Ser) ‘Paciente’ significa que não vemos necessidade de
apressar o julgamento.”
A atualização das previsões econômicas, divulgada no final da
reunião, também mostrou que os formuladores de política monetária abandonaram
estimativas de qualquer aumento de taxa de juros em 2019, passando a ver apenas
uma em 2020.
Os contratos futuros de Fed Funds passaram a indicar
probabilidade máxima até aqui de queda de juros em 2020.
Mas, para Powell, a economia dos EUA está em um “bom” estado e
que a perspectiva é “positiva”.
Ainda assim, ponderou Powell, há riscos contínuos, incluindo
aqueles relacionados à saída do Reino Unido da União Europeia (UE), a
negociações comerciais dos EUA com a China e até mesmo às perspectivas para a
economia norte-americana. O Fed está observando esses riscos de perto, segundo
Powell.
“Os dados não estão enviando um sinal de que precisamos nos
mover em uma direção ou outra, na minha opinião”, disse Powell. “É um ótimo
momento para sermos pacientes.”
O dólar passou a mostrar firme queda no mundo após a sinalização
do Fed.
“O Fed superou as expectativas ‘dovish’ dos mercados, o que
prejudicou o dólar”, disse Joe Manimbo, analista sênior de mercado da Western
Union Business Solutions. “O Fed fez uma grande reviravolta na política. O fato
de o Fed ter jogado a toalha em uma subida de taxa de 2019 foi particularmente
dovish.”
As novas projeções econômicas divulgadas mostraram
enfraquecimento em todas as frentes em comparação com as previsões de dezembro,
com o desemprego sendo um pouco maior neste ano, a inflação caindo e o
crescimento econômico também menor.
“O crescimento da atividade econômica desacelerou em relação à
sua sólida taxa no quarto trimestre”, disse o Fed em comunicado no qual manteve
a taxa básica de juros no intervalo entre 2,25 por cento ao ano e 2,50 por
cento.
“Os indicadores recentes apontam um crescimento mais lento dos
gastos das famílias e do investimento fixo das empresas no primeiro
trimestre... a inflação global caiu.”
No entanto, o Fomc (“Copom” dos EUA) disse que considera o
crescimento “sustentado” como o resultado mais provável.
O Fed informou que encerrará o processo de redução de seu
balanço em setembro, antes do que muitos analistas esperavam, desde que a
economia e as condições do mercado monetário evoluam como esperado.
PROJEÇÕES
EM BAIXA
Os formuladores de política monetária do Fed projetam o
crescimento do Produto Interno Bruto desacelere para 2,1 por cento neste ano,
ante previsão anterior de 2,3 por cento. A taxa de desemprego deve ficar em 3,7
por cento, ligeiramente acima da projeção de dezembro.
A inflação para este ano deve ser de 1,8 por cento, contra 1,9
por cento estimada em dezembro passado.
As novas projeções revelaram, de forma geral, um rebaixamento do
cenário do Fed para a economia. Pelo menos nove dos 17 formuladores de política
reduziram a trajetória esperada para os juros e coletivamente cortaram em 0,5
ponto percentual o juro esperado para o fim deste ano.
O Fed elevou a taxa de juros sete vezes no período 2017-18 e
agora está se aproximando de uma pausa com o juro a 2,6 por cento. Isso
deixaria a taxa básica de juros bem abaixo do padrão histórico. As projeções
mostram que o Fed não espera mais precisar deixar a política restritiva para
combater a inflação.
A decisão do Fomc nesta quarta-feira foi unânime.
https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2019/03/22/mercado-europeu-acelera-quedas-no-fechamento-e-conclui-pior-semana-do-ano.htm
Mercado
europeu acelera quedas no fechamento e conclui pior semana do ano
(Reuters) - Os mercados acionários europeus aprofundaram as perdas nesta
sexta-feira, fechando perto das mínimas da sessão, afetados por temores de
desaceleração no crescimento global após dados industriais fracos de toda a
Europa serem exacerbados por números fracos também nos Estados Unidos.
Depois que o dado bastante negativo sobre a atividade manufatureira da
Alemanha reacendeu os temores de uma recessão na maior economia europeia, a
inversão da curva de juros nos Estados Unidos, na esteira de dados similares
dos EUA, alimentou temores de que a maior economia do mundo também esteja
entrando em recessão.
O índice pan-europeu STOXX 600, que havia subido diante do alívio na
prorrogação do prazo do Brexit, caiu pelo terceiro dia. O índice fechou em
baixa de 1,2 por cento, na semana acumulando queda de 1,3 por cento, a mais
forte neste ano para esse período.
A leitura preliminar do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em
inglês) para o setor manufatureiro da zona do euro também mostrou que as
empresas tiveram um desempenho muito pior do que o esperado neste mês, enquanto
a atividade empresarial francesa desacelerou inesperadamente.
A volatilidade implícita —clássica medida do “medo” e que acompanha a
demanda por opções nas ações europeias— alcançou uma máxima em mais de nove
semanas. A alta semanal foi a mais forte em um ano.
“Com os vários obstáculos enfrentados pelo setor manufatureiro na
Alemanha —incluindo uma desaceleração no setor automotivo, Brexit, comércio
EUA-China e uma desaceleração econômica global— há pouco elementos que gerem
otimismo”, disse Craig Erlam, analista sênior de mercado da Oanda.
Guerra
comercial EUA-China representa maior risco para estabilidade global, diz FMI
Por Catarina Demony e Sergio Goncalves
LISBOA (Reuters) - A guerra comercial entre Estados Unidos e China
representa o maior risco à estabilidade global e uma estabilização fiscal é
necessária para responder aos choques econômicos na Europa, disse o primeiro
vice-diretor-gerente do FMI, David Lipton, nesta segunda-feira.
“Obviamente, isso não é uma questão para a Europa apenas. Os Estados
Unidos precisam colocar sua casa fiscal em ordem também. As tensões comerciais
EUA-China apresentam o maior risco à estabilidade global”, disse Lipton durante
conferência em Lisboa.
A disputa comercial, que começou há cerca de oito meses, tem afetado o
fluxo de bilhões de dólares em produtos entre as duas maiores economias do
mundo.
Lipton disse acreditar que a capacidade de estabilização fiscal tem que
estar no centro da redução de risco na Europa, descrevendo-a como crucial para
“responder a choques macroeconômicos e melhorar o mix de política monetária e
fiscal”.
“Na sua ausência, a zona do euro continuará muito dependente da política
monetária para estabilização e grande parte do fardo da resposta de crise cairá
sobre países individualmente, com sua capacidade de responder dependendo do
espaço fiscal de cada um.”
Lipton disse que a saída planejada do Reino Unido da União Europeia
também alimenta incerteza na Europa e em outros lugares.
26 DE MARÇO
DE 2019 / ÀS 08:24 /
China vai se
abrir ainda mais ao investimento estrangeiro, garante premiê a executivos
globais
Reuters Staff
PEQUIM (Reuters) - O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, reafirmou a
promessa de Pequim de ter mais abertura para investimentos estrangeiros em uma
reunião com executivos de empresas globais, e procurou garantir que os direitos
das empresas estrangeiras serão protegidos.
A China está empenhada em fornecer aos investidores e empresas
estrangeiros um ambiente de negócios mais aberto e transparente, juntamente com
garantias de proteção dos direitos de propriedade intelectual e sem
transferência forçada de tecnologia, disse Li aos executivos do Fórum de
Desenvolvimento da China.
Executivos da Daimler (DAIGn.DE), da IBM (IBM.N), da BMW (BMWG.DE), da Pfizer (PFE.N) e da Rio Tinto (RIO.L) reuniram-se com Li no encerramento
do fórum de três dias, de acordo com um comunicado publicado do site do governo
na segunda-feira.
O primeiro-ministro também respondeu a perguntas sobre as relações
comerciais entre os Estados Unidos e a China, mas não deu detalhes.
A equipe comercial dos EUA diz que os dois países estão nos estágios
finais de negociação do que seria o maior acordo de política econômica com a
China em décadas.
O representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário
do Tesouro, Steven Mnuchin, vão a Pequim nesta semana para tentar acelerar as
negociações com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, enquanto Liu deve
viajar a Washington para outra rodada de negociações no início de abril.
“A China incentiva o desenvolvimento de novas tecnologias e indústrias
para criar espaço para inovação e desenvolvimento”, disse Li aos executivos
globais.
O primeiro-ministro também procurou garantir aos executivos que a China
será capaz de resistir à pressão sobre sua economia.
27 DE MARÇO
DE 2019 / ÀS 18:17 /
Índices caem
diante de crescentes temores com economia dos EUA
Reuters Staff
NOVA YORK (Reuters) - As bolsas norte-americanas fecharam em queda nesta
quarta-feira, com a baixa dos rendimentos dos Treasuries e uma inversão
prolongada na curva de juros alimentando temores de uma desaceleração econômica
nos EUA.
O índice Dow Jones caiu 0,13 por cento, a 25.625 pontos. O S&P 500
perdeu 0,46 por cento, para 2.805 pontos. E o Nasdaq cedeu 0,63 por cento, a
7.643 pontos.
A taxa do Treasury de 10 anos caiu, mas se manteve acima das mínimas em
15 meses atingidas recentemente, com os investidores atentos aos sinais
“dovish” de vários bancos centrais pelo mundo.
A curva de juros inverteu pela primeira vez desde 2007 na sexta-feira e,
se a inversão persistir, alguns especialistas dizem que pode indicar uma
recessão em um ou dois anos.
Ações de empresas dos setores bancário e financeiro caíram, com o índice
S&P 500 para o setor financeiro em baixa de 0,4 por cento.
“A curva de juros invertida preocupa os investidores e é por isso que as
ações estão caindo. É definitivamente um indicador de desaceleração da
economia. Se entrará em recessão ou não, ninguém realmente sabe. Mas vai impor
uma pausa no mercado”, disse Alan Lancz, presidente da Alan B. Lancz &
Associates.
As preocupações com o crescimento global aumentaram recentemente, em
meio a dados econômicos fracos. Na semana passada, o Federal Reserve abandonou
as projeções para qualquer aumento das taxas de juros neste ano.
O Banco Central Europeu (BCE) tornou-se o mais recente banco central a
adiar o plano de aumento das taxas, em meio a crescentes ameaças ao
crescimento.
Por Caroline Valetkevitch; reportagem
adicional de Shreyashi Sanyal e Amy Caren Daniel
EUA e China
mantêm negociações comerciais "construtivas" em Pequim
Por Michael Martina e Philip Wen
PEQUIM (Reuters) - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven
Mnuchin, manteve discussões “construtivas” em Pequim, disse ele nesta
sexta-feira, concluindo a última rodada de diálogo com o objetivo de resolver a
disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Mnuchin e o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer,
estiveram na capital chinesa para as primeiras reuniões frente a frente entre
os dois lados em semanas, após perderem um prazo inicial do fim de março.
“O representante de Comércio e eu concluímos negociações comerciais
construtivas em Pequim”, disse Mnuchin no Twitter.
“Estou ansioso para receber o vice-primeiro-ministro da China, Liu He,
para dar continuidade a essas importantes discussões em Washington na próxima
semana”, acrescentou ele, sem dar detalhes.
Mais cedo, ele disse a repórteres que teve um “jantar de trabalho
bastante construtivo” na quinta-feira. Ele não deu detalhes e não ficou claro
imediatamente com quem ele jantou.
Trump adotou tarifas sobre 250 bilhões de dólares em importações
chinesas no ano passado, em uma medida para forçar a China a mudar a maneira
como faz negócios com o resto do mundo.
Reportagem de Philip Wen e Michael
Martina
4.
Geopolítica
Forças Armadas entram em alerta pelo tom belicista de
Bolsonaro. Militares da ativa são contrários a envolvimento em eventual ação na
Venezuela
19.mar.2019 às 20h38
Igor Gielow
São Paulo
O
tom adotado nos EUA pelo presidente Jair Bolsonaro acerca do apoio a uma
eventual ação militar contra a Venezuela fez soar alarmes entre oficiais
generais da ativa do Exército.
Eles temem que o presidente tenha se comprometido a ajudar os
Estados Unidos na missão de
derrubar o ditador Nicolás Maduro, e consideram que isso seria
um ponto de ruptura no apoio da cúpula ao governo.
Em seus grupos de WhatsApp, militares passaram a tarde desta
terça (19) trocando impressões sobre as falas de Bolsonaro sobre Venezuela
durante sua visita oficial a convite do colega Donald Trump. O presidente não
descartou ações militares, falou que não poderia detalhar conversas, enfim,
deixou a possibilidade no ar.
A versão de que o Brasil poderia ofertar auxílio logístico a
alguma operação americana circulou nos celulares dos militares, tendo sido
publicada como uma possibilidade pelo site G1. Segundo dois generais ouvidos
pela Folha, a hipótese é hoje inaceitável pela maioria da
cúpula da defesa brasileira.
Eles conjecturaram que, nos momentos em que esteve sozinho
com Trump,
apenas acompanhado pelo filho e deputado federal Eduardo, Bolsonaro pode
ter sido mais assertivo com o americano. Um dos oficiais, simpático ao
presidente desde sua candidatura, comparou a hipótese com a promessa que
Bolsonaro fez de abrir uma base americana no Brasil —descartada
assim que levantou voo.
Outro oficial afirma que se tal ideia fosse adiante, seria
inevitável a reavaliação do apoio generalizado que o presidente tem entre os
altos estratos das Forças, o Exército de onde Bolsonaro é oriundo
especificamente.
Ele ressalta que o presidente foi aos EUA acompanhado pelo
seu mais próximo conselheiro militar, o general da reserva Augusto Heleno, do
Gabinete de Segurança Institucional, e pelo porta-voz Otávio do
Rêgo Barros, um general da ativa em ascensão dentro do Exército.
Em outros momentos, os dois moderaram palavras de Bolsonaro,
como no episódio em que ele disse que a democracia só existe porque os militares
assim o querem. Mas o oficial também não descarta uma real mudança de posição
em relação à Venezuela, ainda que seja para pressionar Maduro, o que pode ter
repercussões imprevisíveis.
Mesmo entre militares americanos, ouvidos pela imprensa local,
há sérias dúvidas sobre a exequibilidade de intervir na Venezuela sem causar
uma tragédia humanitária ainda maior do que a existente. Opções de ações de
forças especiais contra o ditador são ventiladas de tempos em tempos também.
A ala já se antagonizou publicamente com o vice-presidente, o
general Hamilton Mourão, que foi adido militar na Venezuela e é um dos mais
vocais membros do governo contrários a qualquer saída que não seja diplomática
para a crise de representatividade no país vizinho. Heleno também já se
manifestou contra intervenção.
O Brasil elevou sua pressão sobre Maduro desde o começo do
ano, reconhecendo Juan Guaidó, o presidente da Assembleia Nacional, como o
chefe de Estado interino do país, assim como fizeram os Estados Unidos.
O caso deverá ter novos capítulos nesta quarta (20), quando a
comitiva liderada por Bolsonaro voltará a Brasília.
26 de Março de
2019 / às 08:59 / há 32 minutos
Macron pede para que China e UE fortaleçam o multilateralismo
Reuters Staff
PARIS (Reuters) - O presidente francês, Emmanuel Macron,
disse nesta terça-feira que a competição entre a União Europeia e a China não
deve levar a um colapso nos sistemas de comércio mundial ou a isolacionismo
político, já que a China prometeu trabalhar lado a lado com a Europa.
Macron, que convidou a chanceler alemã, Angela Merkel, e o
presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para um diálogo com Xi
Jinping em Paris, disse que quer construir uma estrutura de comércio
multilateral mais justa e equilibrada com a China.
“Devemos mostrar através de ações que a cooperação traz mais
do que confronto e que temos mais a ganhar através da abertura do que fechando
portas”, disse Macron.
O líder francês buscou criar uma frente europeia unificada
para enfrentar os avanços chineses no comércio e na tecnologia e promover um
relacionamento mais equilibrado com Pequim, e pediu nesta terça-feira uma
parceria com a China baseada na confiança.
Xi tentou tranquilizar Macron, dizendo que a cooperação é a
principal tendência na relação sino-europeias, mesmo que os dois lados tenham
suas diferenças e haja competição entre si.
“A cooperação é maior do que a concorrência. Devemos aumentar
a energia positiva”, disse Xi. “Estamos trabalhando lado a lado e ajudando uns
aos outros, e não devemos estar sempre preocupados em vigiar nossas costas com
desconfiança enquanto avançamos”.
https://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKCN1R71FU-OBRWD
26 de Março de
2019 / às 08:49 / há 43 minutos
Moradores de vilarejo amazônico ocupam instalações da
PetroTal no Peru
Reuters Staff
LIMA (Reuters) - Moradores de uma região remota da Amazônia
se apropriaram de uma pequena instalação petrolífera operada pela empresa de
energia canadense PetroTal para exigir eletricidade e outros serviços do
governo, disse uma associação da indústria na segunda-feira.
Imagem aérea de um
rio na região de Loreto, na Amazônia peruana 29/09/2014 REUTERS/Enrique
Castro-Mendivil
O protesto mais recente visando operações de petróleo e
mineração no Peru nos últimos meses provocou clamores para que o presidente
Martín Vizcarra tome providências para evitar tais incidentes, que criam o
risco de frear investimentos no país.
A produção do Bloco 95 da PetroTal foi suspensa depois que
cerca de 70 habitantes do vilarejo de Brena, da região amazônica de Loreto,
assumiram o controle das instalações no domingo, disse a Sociedade Peruana de
Hidrocarbonetos (SPH) em um comunicado.
O negociador-chefe do governo para conflitos com comunidades
não respondeu de imediato a pedidos de comentário.
Não foi possível contatar representantes da PetroTal e
moradores de Brena de imediato para obter comentários.
A PetroTal, antiga Sterling Resources Ltd, indicou estar
disposta a conversar com os moradores próximos de suas operações, disse a SPH,
acrescentando que se ofereceu para doar um gerador elétrico à comunidade.
“Pedimos às autoridades que façam seu trabalho e restaurem a
calma”, disse a SPH em um comunicado. “A violência como forma de atrair a
atenção do governo é algo que precisa ser erradicado”.
O governo Vizcarra ainda está se esforçando para encerrar um
bloqueio rodoviário de uma comunidade indígena dos Andes que interrompeu as
exportações dos maiores produtores de cobre do país. No mês passado ele chegou
a um acordo com a comunidade, que culpou por danificar um oleoduto estatal em
Loreto.
O Peru é um grande exportador de minerais, mas um produtor
relativamente pequeno de petróleo, especialmente em locais onde empresas
internacionais operam ao lado de comunidades pobres que carecem de serviços
básicos.
A SPH disse que os conflitos criam o risco de afastar
investimentos do Peru e pediu que o governo faça mais do que arrecadar impostos
e royalties e cuide das necessidades de comunidades remotas.
A PetroTal, segundo a SPH, planeja investir 365 milhões de
dólares nos próximos cinco anos na nação. “A empresa já pagou quase 5 milhões
de dólares em impostos, dinheiro que poderia ter sido usado para fornecer
eletricidade para a comunidade”, disse.
Reportagem de Mitra Taj
Cabo submarino abre novo capítulo da disputa EUA-China por
domínio da internet
Governo norte-americano
teme que estruturas construídas por empresa chinesa viabilizem espionagem
26.mar.2019 às 9h14
Alexandre Orrico
São Paulo
Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta,
estão em uma disputa acirrada pelo domínio da infraestrutura mundial de
internet. A batalha mais recente ocorre no fundo do mar: o governo
norte-americano teme que cabos submarinos construídos pela empresa chinesa
Huawei permitam que a China espione os EUA e outros países.
O governo americano tenta oficialmente bloquear a
participação da Huawei na infraestrutura de telecom (incluindo cabos
submarinos) desde 2012, quando a empresa foi oficialmente classificada como
“ameaça de segurança”.
O medo não é infundado. Cerca de 95% de toda a transmissão de
dados intercontinentais passa por estes cabos e em 2013 Edward Snowden,
ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), disse que os
próprios Estados Unidos grampearam alguns destes cabos, interceptando inclusive
informações pessoais da então presidente brasileira Dilma Rousseff e da
chanceler alemã Angela Merkel.
Huawei:
Como é a vida da milionária dinastia dona da gigante chinesa da tecnologia
Os EUA entendem que na prática a Huawei funciona como um
braço do governo chinês e desde 2017 está em vigor uma norma da Agência
Nacional de Inteligência da China que obriga empresas privadas a cooperarem com
os serviços do órgão.
A agressiva multiplicação dos cabos submarinos construídos
pela Huawei é parte importante de um plano do governo chinês, que pretende
aumentar o domínio tecnológico do país. A empresa concluiu em setembro um cabo
de mais de 6.000 quilômetros entre Brasil e Camarões, trabalha em um enorme hub
que conectará Europa, Ásia e África e tem dezenas de outros projetos.
O recluso fundador da Huawei, Ren Zhengfei, 74, em sua
primeira aparição pública desde 2015, falou com a imprensa no início do ano.
Ele disse que a empresa “nunca recebeu qualquer pedido de qualquer governo para
fornecer informações impróprias” e negou as acusações de espionagem.Meng
Wanzhou, filha de Ren e diretora financeira da Huawei, está presa no Canadá
desde dezembro, acusada de violar sanções dos Estados Unidos contra o Irã. Em
janeiro foi a vez de um diretor de vendas ser preso na Polônia, acusado de
espionagem. Na ocasião, a Huawei disse que as “ações alegadas não têm relação
com a empresa”. O funcionário foi demitido logo depois.
Muitos outros cabos serão necessários à medida em que pipoca
a quinta geração de internet móvel no mundo, a rede 5G, tecnologia a qual a
Huawei, maior fabricante de produtos de telecomunicações do mundo, também é
distribuidora.
Mas o governo norte-americano já proibiu a Huawei de fornecer
tecnologia 5G no país, assim como Austrália e Nova Zelândia. O motivo é o
mesmo: os equipamentos da empresa poderiam favorecer a espionagem do governo
chinês. Os EUA tentam ainda pressionar a Alemanha e outros aliados a fazerem o
mesmo.
À reportagem da Folha, o MCTIC (Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) disse por email que o
ministério considera “a Huawei um player interessante para o Brasil” e que “até
o momento nenhum órgão apresentou nenhuma demanda relativa à espionagem”.
O ministério informou ainda que a posição do ministro Marcos
Pontes é a de que “qualquer decisão sobre a empresa depende de vários atores de
governo e devem ser tomadas com base em fatos após investigações, se houverem”.
Trump diz que militares russos precisam deixar Venezuela
Reuters Staff
Trump se reúne com Fabiana
Rosales, esposa do líder da oposição veneszuelana, Juan Guaidó 27/03/2019
REUTERS/Carlos Barria
WASHINGTON (Reuters) - O
presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que os
militares russos precisam sair da Venezuela, dias depois que o contingente
russo chegou a Caracas, dizendo que “todas as opções” poderiam acontecer.
“A Rússia tem que sair”, disse
Trump a repórteres durante uma reunião com a esposa do líder da oposição
venezuelana, Juan Guaidó. Perguntado como isso poderia ser realizado, Trump
disse: “Vamos ver. Todas as opções estão em aberto.”
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