A capacidade dos
defensores do desmonte da previdência em mentir e falsear a realidade é
vergonhosa. O NORTE pública este artigo que ajuda a revelar as mentiras do
Estado e dos defensores do sistema que querem desmontar a previdência pública.
Grandes Empresas devem mais de um trilhão de reais para o governo e ainda faturam o dinheiro dos impostos por meio de compras do títulos da dívida pública. " É uma Vergonha".
Em tempos nos quais a FIESP
e seu presidente, Paulo Skaff, não demonstram nenhum constrangimento de
sair às ruas para chamar grande manifestação a protestar contra o aumento
de impostos anatematizando, sobretudo, a articulação do governo para
a aprovação da CPMF, é preciso relembrar qual é o grande problema que
coloca o Brasil na lona para que você, efetivamente, não seja o pato que FIESP
e seu presidente acreditam que você é.
Como já se discutiu AQUI, um dos grandes problemas desse país é a
sonegação de impostos, em especial, de grande número de pessoas
jurídicas (68 mil) com dívidas superiores a R$ 1 milhão. Somados
os números do calote, o rombo é de R$ 1,17 trilhão, como podemos ver na
imagem abaixo, retirada de estudo feito pelos Analistas Tributários da
Receita Federal do Brasil para o Sindireceita (http://sindireceita.org.br/…/Alternativas-para-enfrentar-a-…).
Percebam, estamos falando aqui de
R$ 1,17 TRILHÃO, valor aproximado ao PIB da Dinamarca (2014), por exemplo.
Segundo dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, os setores que
mais devem à União são bancos, mineradoras e empresas de energia elétrica.
Destes, 90% são grandes empresas. Mais que isso: dois terços dos valores
devidos aos cofres da União estão concentrados em 1% dos devedores. Colocando
em números, os maiores devedores são a indústria (R$ 236,5 bilhões), o comércio
(163,5 bilhões) e o sistema financeiro (R$ 89,3 bilhões). Também devem à União
empresas de mídia (R$ 10,8 bilhões), educação (R$ 10,5 bilhões) e extrativismo
(R$ 44,1 bilhões).
A mineradora Vale do Rio
Doce encabeça a lista dos dez maiores devedores com uma dívida de R$ 41,9
bilhões, seguida por Parmalat (R$ 24,9 bilhões), Petrobras (R$
15,6 bilhões), Ramenzoni Indústria de Papel (R$ 9,7 bilhões), Duagro
(R$ 6,6 bilhões), Vasp (R$ 6,2 bilhões), Bradesco (R$ 4,9
bilhões), Varig (R$ 4,7 bilhões), American Virgínia Tabacos
(fabricante dos cigarros San Marino, Seleta, Oscar, Indy e West. Deve R$ 4,1
bilhões) e Condor Factoring (R$ 4,1 bilhões). Apenas estas dez
empresas são responsáveis por 10% de toda a sonegação de impostos do país.
Abaixo uma lista contendo os vinte maiores
sonegadores brasileiros.
Fonte: Site da Associação dos Beneficiários da
Cemig Saúde e Forluz (ABCF) com
dados do Ministério da Fazenda.
Para além dos vinte primeiros
nomes, ainda chama atenção a dívida de empresas como Companhia Brasileira de
Distribuição (1,5 bilhão), Banco Itaucard (1,3 bilhão), Cervejaria Kaiser (1,3
bilhão), Volkswagen (1 bilhão), Bombril (1 bilhão), Unilever (1 bilhão) e Coca-Cola
(741 milhões), dentre outras gigantes.
Como lembrou matéria publicada no
site da ABCF: “os devedores deixam seus nomes serem
inscritos na Dívida Ativa da União e só pagam quando obrigados por decisão
judicial”. Tal estratégia, como destaca a matéria, é cada vez mais comum e
ficou conhecido como “planejamento tributário”. A ideia por trás de tal
“planejamento” é que para empresa é muito mais vantajoso ficar
devendo e, quem sabe, no futuro, se beneficiar de alguma renegociação para
a quitação de dívida ou pagar o valor devido corrigido. Como se sabe, a
proposta de quitação da dívida, ainda que os valores sejam altos, não se
compara ao verdadeiro valor que a empresa pagaria caso pegasse um empréstimo no
sistema financeiro.
Eis a cortina de fumaça que a
FIESP e o senhor Paulo Skaff estão armando com essa campanha do pato para que
você continue sem saber que o verdadeiro pato é você, contribuinte, que paga
pelas dívidas das empresas que sonegam bilhões em impostos.
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