sábado, 5 de outubro de 2019

Agro é Tech? Ou O capitalismo não deu certo 2





Como no nosso último post podemos afirmar que o capitalismo não deu certo. Nele vimos milhares 

de caixas de tomates sendo lançadas fora por não darem lucro. Agora são os fungos e a destruição 


das pesquisas mais saudáveis.



recomendamos a leitura atenta e a reflexão.


Inconformados de divergentes do Norte












No dia 21 a Folha de SP publicou uma reportagem “Fungo dizima plantações de bananas pelo mundo” [1]. O artigo comenta que as plantações de banana no mundo estão em perigo devido a espécies de fungos que podem chegar a dizimar 80% a 100% das plantações. É importante destacar que é a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) que dá o respaldo cientifico para os agricultores nesses casos, fazendo pesquisas e se colocando à disposição do agricultor brasileiro e que hoje vem sendo desmontada. O Artigo também cita: “A Embrapa mantém um programa de melhoramento genético de mudas e variedades, com bons resultados para a raça 1 do Fusarium, mas ainda não há variedades resistentes à raça 4 no mundo”. A Embrapa vem sendo destruída juntamente com a pesquisa e tecnologia brasileira. “A própria Embrapa, propulsora de boa parte dos avanços da agropecuária brasileira há quatro décadas e líder em tecnologia da agricultura tropical, começa a ter dificuldades até para manter projetos de baixo investimento, devido à escassez de recursos [2]”.
A reportagem sobre os fungos conclui que “A esperança pode vir da engenharia genética” desenvolvida pela Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália, onde obtiveram resultados positivos para testes de resistência em solos infectados.
O sistema do agronegócio está sendo saudável para o ambiente? Devemos aceitar que os produtos transgênicos são a solução para os problemas causados pelo tipo de produção agrícola desenvolvido atualmente?
A pesquisa brasileira, a educação pública, os povos originários, os movimentos camponeses vem sendo hostilizados e destruídos... e acreditamos que a única alternativa é a transgenia?  
Precisamos refletir sobre quais opções temos para que os problemas que temos advindos da agricultura intensiva sejam resolvidos de maneira mais cooperativista. Se pensarmos em apenas uma solução de transgenia as empresas detentoras dessa tecnologia irão dominar mais uma vez o mercado e, além disso, continuarão a investir em monoculturas. Ou seja, socializando o prejuízo e monopolizando o lucro.  



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