Em nosso primeiro manifesto, chamamos a atenção
para a ameaça de morte contida na defesa da retomada das atividades normais em
meio a Pandemia.
Apesar do agravamento da situação e do alerta de
especialistas, cientistas, órgãos competentes e dos decretos estaduais para
manter APENAS as atividades essenciais, muitos AINDA NEGAM e ignoram a
letalidade do vírus optando pelo caminho que mais lhes convém colocando
economia acima da vida.
Nosso alerta Geral foi feito no dia 10 de abril
quando o número de mortos ainda estava em 1.065 pessoas, o que já se constituía
num absurdo, pois, filhos ficaram sem pais e irmãos, pais sem filhos, netos sem
avós, aumentando ainda mais a dor de quem já vive em situação de risco pelo
desemprego, pobreza e toda sorte da violência.
No dia 19 de maio,
o Brasil passou a quebrar triste recorde com 1.179 mortes em 24 horas, ou seja,
1 óbito a cada 73 segundos, saltando para mais de 20 mil óbitos no dia 21 e com
mais de 310 mil casos, atingindo no dia 25/05 os 23.473 óbitos e 374.898 casos.
É como se uma cidade pequena inteira desaparecesse em menos de 2 meses. Dentre
os mortos, há uma grande quantidade de enfermeiros, médicos e seus familiares.
O Brasil ocupa o 2º
lugar no mundo em números de infectados, no entanto, não há testes suficientes,
e nesse caso, não é possível testar todos os suspeitos e há aqueles que
apresentam sintomas leves ou moderados, MAS ainda transmitem. Assim, a
subnotificação é uma realidade inegável em TODAS as cidades brasileiras.
Vale lembrar que,
testes não crescem em árvores, neste ou naquele país, neste ou naquele
continente, são produtos do trabalho e da ciência, ter ou não ter testes e sua
quantidade é uma opção política, o governo se nega a subsidiar a produção de
testes e/ou realizar a compra em quantidades sérias, proporcionais a nossa
população e gravidade da pandemia no Brasil.
Quase 3 mil mortes
nas Torres Gêmeas chocaram o mundo inteiro. Agora, diante de quase 8 vezes mais
mortos por Covid-19 no Brasil, comprometimento do sistema de saúde, quantidade
limitada de leitos, além das mortes nas filas dos hospitais, os defensores da
quebra da quarentena e do isolamento social liderados e motivados pelo
Presidente da República, diante desta tragédia, falam apenas em salvar a
economia.
O que pensar desta
postura criminosa do Governo Federal, dos Prefeitos, Vereadores, Empresários
que negam a Ciência e a Assistência à população?
Mais uma vez
usando de uma política suja e desrespeitosa com o Povo e com os trabalhadores
incentivando a retomada ou flexibilização das Atividades NÃO ESSENCIAIS,
esparramando mentiras sobre os dados oficiais dos órgãos de saúde, de
institutos de pesquisas, debochando e minimizando a morte de milhares de
pessoas e apostando na morte de muitos mais brasileiros, na defesa da economia
e gritando aos quatro cantos que agem em nome da Família, de Deus e da Pátria.
O médico e diretor
do Hospital das Clínicas em São Paulo diz que o presidente pratica Eugenia, ou
seja, assassinato, extermínio, por meio do Covid-19 e por incursões das forças
de repressão nos bairros pobres, dos que eles chamam de vulneráveis, ou seja,
idosos, deficientes, doentes em geral, portanto dos pobres, desempregados e dos
trabalhadores.
Com um patriotismo
de araque e como todo fascista, o governo brasileiro, as elites, os ricos e as
classes dominantes decidiram pela crueldade de derramar até a última gota do
seu sangue, do nosso sangue, com o discurso de "salvar a economia",
defendem a morte da população para evitar a perda de lucros dos capitalistas.
Não há economia
prospera com adoecimento e morte de massas no país.
A Pergunta é: Você
está disposto a morrer ou permitir que um, ou vários, parentes e/ou amigos
morram para "salvar a economia", ou seja, os lucros de seus patrões?
Isso no atual descaso já ocorre, e vai se generalizar, se os planos de fim da
quarentena e isolamento social vierem a ocorrer.
Para nós,
alternativas não faltam. É preciso decidir pela vida, como dissemos em nosso
primeiro manifesto. Por isso defendemos que todos os trabalhadores do Brasil
devem exigir:
1. Condenação e
Punição (prisão por crimes contra a humanidade) de todas as autoridades acima
citadas que estimularem, por meio de manifestos, decretos oficiais ou em redes
sociais a quebra do Isolamento Social, provocando o aumento de número de mortos
pela Covid-19.
2. Que o Fundo
Público (Impostos e taxas) seja colocado a serviço da vida. No combate a
pandemia e da garantia da vida dos trabalhadores e de toda a população.
3. Que todo o sistema
de saúde público e privado sejam colocados a serviço do combate a pandemia e
garantia da vida.
4. Que os quartos dos
grandes hotéis sejam requisitados, caso seja necessário, para leitos e UTIs
móveis e para descanso dos trabalhadores da saúde.
5. Cobrança de
impostos sobre as grandes fortunas para socorrer os mais necessitados
6. Suspensão do
pagamento da dívida Pública e cobrança das dívidas das empresas com o Estado
para socorrer os mais necessitados, trabalhadores assalariados, autônomos
desempregados e pequenos comerciante
7. Proibição das
demissões e reduções de salários até o fim da pandemia.
8. Aumento de
salários para todos os trabalhadores da saúde.
9. Isolamento social
total até vencermos o vírus.
10. Fim da Eugenia
"Que a vida
seja colocada em primeiro lugar, acima do lucro e de planos econômicos."
Os Trabalhadores
criam tudo, portanto, eles merecem, no mínimo ter garantias de vida!
Assinam este
manifesto:
IDE (Inconformados
e Divergentes) Educacionais.
CCME (Círculo
Comunista Marco de Estrada)
Casa da
Solidariedade
C.E.P. Jacuba
(Coletivo de Educação Popular, Jacuba)
Núcleo de
Agroecologia Apetê Caapuã (NAAC)
GEMMARX - Grupos
de estudos Marxistas do Maranhão.
PROARTE -
Associação de Artistas e Apoiadores da Arte de Maringá e Regiao
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