terça-feira, 9 de junho de 2020

Manifesto em Defesa da Vida nº 2: República de Homicidas!




Em nosso primeiro manifesto, chamamos a atenção para a ameaça de morte contida na defesa da retomada das atividades normais em meio a Pandemia.
Apesar do agravamento da situação e do alerta de especialistas, cientistas, órgãos competentes e dos decretos estaduais para manter APENAS as atividades essenciais, muitos AINDA NEGAM e ignoram a letalidade do vírus optando pelo caminho que mais lhes convém colocando economia acima da vida.
Nosso alerta Geral foi feito no dia 10 de abril quando o número de mortos ainda estava em 1.065 pessoas, o que já se constituía num absurdo, pois, filhos ficaram sem pais e irmãos, pais sem filhos, netos sem avós, aumentando ainda mais a dor de quem já vive em situação de risco pelo desemprego, pobreza e toda sorte da violência.





No dia 19 de maio, o Brasil passou a quebrar triste recorde com 1.179 mortes em 24 horas, ou seja, 1 óbito a cada 73 segundos, saltando para mais de 20 mil óbitos no dia 21 e com mais de 310 mil casos, atingindo no dia 25/05 os 23.473 óbitos e 374.898 casos. É como se uma cidade pequena inteira desaparecesse em menos de 2 meses. Dentre os mortos, há uma grande quantidade de enfermeiros, médicos e seus familiares.

O Brasil ocupa o 2º lugar no mundo em números de infectados, no entanto, não há testes suficientes, e nesse caso, não é possível testar todos os suspeitos e há aqueles que apresentam sintomas leves ou moderados, MAS ainda transmitem. Assim, a subnotificação é uma realidade inegável em TODAS as cidades brasileiras.

Vale lembrar que, testes não crescem em árvores, neste ou naquele país, neste ou naquele continente, são produtos do trabalho e da ciência, ter ou não ter testes e sua quantidade é uma opção política, o governo se nega a subsidiar a produção de testes e/ou realizar a compra em quantidades sérias, proporcionais a nossa população e gravidade da pandemia no Brasil.


Quase 3 mil mortes nas Torres Gêmeas chocaram o mundo inteiro. Agora, diante de quase 8 vezes mais mortos por Covid-19 no Brasil, comprometimento do sistema de saúde, quantidade limitada de leitos, além das mortes nas filas dos hospitais, os defensores da quebra da quarentena e do isolamento social liderados e motivados pelo Presidente da República, diante desta tragédia, falam apenas em salvar a economia.

O que pensar desta postura criminosa do Governo Federal, dos Prefeitos, Vereadores, Empresários que negam a Ciência e a Assistência à população?

Mais uma vez usando de uma política suja e desrespeitosa com o Povo e com os trabalhadores incentivando a retomada ou flexibilização das Atividades NÃO ESSENCIAIS, esparramando mentiras sobre os dados oficiais dos órgãos de saúde, de institutos de pesquisas, debochando e minimizando a morte de milhares de pessoas e apostando na morte de muitos mais brasileiros, na defesa da economia e gritando aos quatro cantos que agem em nome da Família, de Deus e da Pátria.

O médico e diretor do Hospital das Clínicas em São Paulo diz que o presidente pratica Eugenia, ou seja, assassinato, extermínio, por meio do Covid-19 e por incursões das forças de repressão nos bairros pobres, dos que eles chamam de vulneráveis, ou seja, idosos, deficientes, doentes em geral, portanto dos pobres, desempregados e dos trabalhadores.

Com um patriotismo de araque e como todo fascista, o governo brasileiro, as elites, os ricos e as classes dominantes decidiram pela crueldade de derramar até a última gota do seu sangue, do nosso sangue, com o discurso de "salvar a economia", defendem a morte da população para evitar a perda de lucros dos capitalistas.

Não há economia prospera com adoecimento e morte de massas no país.

A Pergunta é: Você está disposto a morrer ou permitir que um, ou vários, parentes e/ou amigos morram para "salvar a economia", ou seja, os lucros de seus patrões? Isso no atual descaso já ocorre, e vai se generalizar, se os planos de fim da quarentena e isolamento social vierem a ocorrer.

Para nós, alternativas não faltam. É preciso decidir pela vida, como dissemos em nosso primeiro manifesto. Por isso defendemos que todos os trabalhadores do Brasil devem exigir:

1. Condenação e Punição (prisão por crimes contra a humanidade) de todas as autoridades acima citadas que estimularem, por meio de manifestos, decretos oficiais ou em redes sociais a quebra do Isolamento Social, provocando o aumento de número de mortos pela Covid-19.

2. Que o Fundo Público (Impostos e taxas) seja colocado a serviço da vida. No combate a pandemia e da garantia da vida dos trabalhadores e de toda a população.

3. Que todo o sistema de saúde público e privado sejam colocados a serviço do combate a pandemia e garantia da vida.

4. Que os quartos dos grandes hotéis sejam requisitados, caso seja necessário, para leitos e UTIs móveis e para descanso dos trabalhadores da saúde.

5. Cobrança de impostos sobre as grandes fortunas para socorrer os mais necessitados

6. Suspensão do pagamento da dívida Pública e cobrança das dívidas das empresas com o Estado para socorrer os mais necessitados, trabalhadores assalariados, autônomos desempregados e pequenos comerciante

7. Proibição das demissões e reduções de salários até o fim da pandemia.

8. Aumento de salários para todos os trabalhadores da saúde.

9. Isolamento social total até vencermos o vírus.

10. Fim da Eugenia



"Que a vida seja colocada em primeiro lugar, acima do lucro e de planos econômicos."





Os Trabalhadores criam tudo, portanto, eles merecem, no mínimo ter garantias de vida!





Assinam este manifesto:





IDE (Inconformados e Divergentes) Educacionais.





CCME (Círculo Comunista Marco de Estrada)





Casa da Solidariedade





C.E.P. Jacuba (Coletivo de Educação Popular, Jacuba)





Núcleo de Agroecologia Apetê Caapuã (NAAC)





GEMMARX - Grupos de estudos Marxistas do Maranhão.





PROARTE - Associação de Artistas e Apoiadores da Arte de Maringá e Regiao


Nenhum comentário:

Postar um comentário