sexta-feira, 22 de julho de 2016

A “farsa” Chamada Déficit da Previdência

" As aparências enganam 2"

É sabido que os meios de comunicação desinformam mais do que informam. Organizam os dados e mostram os acontecimentos conforme as necessidades dos que comandam a sociedade e os destinos do país.  É o que ocorre no caso da Previdência social no Brasil.

Para justificar os ataques ao dinheiro da previdência social, piorando ainda mais o pouco de vida que ainda resta àqueles que a gastaram produzindo lucros para os mais ricos, os aposentados e vítimas de acidente de trabalho, os meios de comunicação e os governos de plantão escondem a verdade. O NORTE quer dar sua contribuição pequena, modesta, mas eficaz, para que a verdade seja revelada e prevaleça.

Para isto, publicamos no dia 7 de julho um artigo escrito por Emilio Gennari sobre a conjuntura política que chamava nossa atenção para a proposta de reformas do Presidente interino (Temer, "o usurpador"). A reforma da previdência aparece em primeiro plano. 

Nele Emilio Gennari chama nossa atenção para o fato de que o défict" é o que menos conta como causa da proposta de reforma da previdência, que em tese não deveria existir, mas sim a velha máxima de tirar dos pobres para dar aos ricos. 

Os presidentes de plantão e obviamente o Presidente interino, os deputados, senadores, se comportam como um Robin Hood ao contrário: roubam dos pobres para dar aos ricos". Na oportunidade Emílio escreveu em uma de suas notas com base na pesquisa de Denise:

"De acordo com o artigo 195 da Constituição Federal, as receitas que devem financiar a Previdência, a Saúde e a Assistência Social incluem a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e a receita de concursos de prognósticos (loterias). Mas, ao entrarem no mesmo caixa da União e serem usadas para outras finalidades, estas verbas não são levadas em consideração no cálculo dos déficits previdenciários. De acordo com o estudo de Denise Gentil com base nos dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, se incluíssemos todas as receitas previstas pela lei, a Seguridade Social teria um superávit de 68 bilhões de reais em 2013, 36 bilhões em 2014 e 16 bilhões de reais em 2015". 

Por tudo isto, achamos oportuno publicar a entrevista feita pelos "Brasileiros" com a autora da tese sobre a previdência social para avançarmos mais ainda na construção da verdade sobre o "défict" da previdência social.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Sacrificar os Pobres para Engordar os Ricos

"As aparências engam", neste caso a sabedoria popular acerta em 100%.  É o que demonstra o artigo que postamos logo a seguir.
Para nós do NORTE a leitura deste texto é fundamental, dada a conjuntura na qual vivemos desde os últimos acontecimentos da vida politica brasileira. Segundo o autor (Emílio Gennari):
  
"...Cerca de 70% dos juros pagos pelo setor público (uma conta de 151 bilhões e 200 milhões de reais só de janeiro a maio deste ano) é apropriado pelas principais famílias empresariais do país através do mercado financeiro... 

" ... A desoneração da folha de pagamento das empresas, em 2015, representou uma perda de arrecadação previdenciária de 25 bilhões e 200 milhões de reais ... tão somente o dinheiro das contribuições de patrões e empregados sobre a folha de pagamento". 

Trabalho assalariado sem carteira assinada. Só no setor privado, estima-se uma sonegação de 41,6 bilhões de reais. Quando incluímos as trabalhadoras domésticas que continuam na informalidade, precisamos acrescentar outros 5,7 bilhões de reais. Ou seja, só esta modalidade implica em um desfalque de 47,3 bilhões de reais para a previdência, mais da metade do déficit de 2015 que foi de 85,8 bilhões de reais. (Leia o artigo na integra).

terça-feira, 5 de julho de 2016

Último Credo

Este poema foi retirado do livro, Eu e outras poesias, edição de 1928 que por acaso temos em nossos arquivos. Augusto dos Anjos, médico e poeta, acostumado a ver a dor e a decomposição do homem. Transformou esta fragilidade e toda a dor da humanidade em poesia e nos deixou uma joia rara que agora compartilhamos: Último credo. A recomendamos aos alunos do segundo grau e todos os trabalhadores da educação e da produção do pão nosso de cada dia. Sem poesia a existência seria insuportável.


Último Credo

Como ama o homem adúltero o adultério
E o ébrio a garrafa tóxica de rum
Amo o coveiro – este ladrão comum
Que arrasta a gente para o cemitério

É o transcendentalíssimo mistério!
É o nous, é o penuma , é o ego  sum qui sum
É a morte, é esse danado número Um
Que matou Cristo e que matou Tibério

Creio, como o filósofo mais crente
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui

Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular que ontem fui
                                                        Augusto dos anjos